São Paulo é uma cidade engraçada, onde nos impressionamos por ser bem tratados e não o contrário. Desde que passei a usar a bicicleta como meio de transporte eu me acostumei com o “certo descaso” na hora de estacionar a magrela em alguns lugares da cidade. Foi com muito espanto que o Shopping Higienópolis chamou minha atenção para o tratamento quase que exclusivo para as bicicletas.

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Frequentemente nos deparamos com estabelecimentos que não possuem bicletário ou simplesmente não permitem bicicletas em seu estacionamento. Nesse caso, temos que nos contentar em parar a bike em um poste na rua. Há aqueles lugares que pedem para você parar no estacionamento das motos – que normalmente não possui apoio para bicicletas sem “pezinho” – ou que soltam a famosa expressão “deixa lá num canto”. O problema é que “o tal canto” é sempre é um lugar escuro, sem apoio e sem segurança.

Um exemplo de um péssimo estacionamento para bikes é o bicicletário da estação Vila Prudente, que fica do lado de fora da estação e longe de qualquer segurança, fazendo do local um belo convite para assaltantes.

Já no shopping da Zona Oeste, funciona mais ou menos assim: ao chegar ao bicicletário um segurança pede sua identidade (RG e nome) e, após você estacionar a sua bicicleta, ele vai lá e a fecha com um cadeado do local – tudo bem que o bicicletário é pequeno, com espaço para mais ou menos 15 bicicletas, mas o que vale é o sentimento de segurança extra para a minha bike.

O que mais me impressionou em relação ao bicicletário do Higienópolis é que, segundo um segurança do shopping, o serviço foi implementado devido aos – muitos – pedidos dos clientes. Não foi uma ação publicitária de um banco ou companhia de seguro querendo ganhar a simpatia dos ciclistas, mas sim uma reação a uma exigência da comunidade.

A meu ver, essa ótima iniciativa do local poderia ser repetida por muitos outros estabelecimentos comerciais da cidade. Assim, eu e os outros ciclistas não precisaríamos mais nos contentar em simplesmente “deixar a bicicleta lá no canto”.

Dicas na hora de procurar um bicicletário