Para exibir um lindo bronzeado não é necessário expor a pele aos perigos do sol. No mercado, já existem produtos e técnicas de bronzeamento artificial capazes de reproduzir a cor dourada da pele sem prejudicar sua saúde. E o melhor é que, com elas, é possível ter o bronzeado dos sonhos durante o ano inteiro!
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A dermatologista Michele Haikal, de São Paulo, explica que os bronzeamentos a jato sem corantes e os autobronzeadores não fazem mal à saúde da pele. "Ambos são à base de dihidroxiacetona, que é uma substância fisiológica e não é tóxica ao organismo. Essa substância age na camada mais superficial da pele, formando um produto de cor marrom, a melanoidina, que traz o aspecto bronzeado. Como eles atuam na camada córnea, que é a mais externa da pele, o efeito é transitório", observa.
A médica ensina que, para se obter um tom uniforme com bronzeamento articifial, é importante esfoliar a pele dois ou três dias antes de usar o autobronzeador ou fazer bronzeamento a jato. E áreas com mais queratina, como joelhos, cotovelos, pés e mãos, merecem uma atenção especial. "Outra coisa é retirar o produto das áreas aonde normalmente o sol não bate, como na face interna dos braços, axilas, plantas dos pés, e palmas das mãos para conferir um aspecto mais natural", orienta.
Michele Haikal explica que o uso de bronzeadores artificiais no rosto não é muito recomendado, pois essa área tem uma renovação celular mais intensa que o restante do corpo e, por isso, a pele da região pode ficar manchada temporariamente pelo uso desses produtos. "Para homogeneizar com o corpo, pode-se usar no rosto e pescoço um protetor solar com tom de base mais escura do que normalmente usaria, mantendo a pele protegida mesmo com o ar de verão", recomenda. A especialista frisa que é importante lembrar que os bronzeadores artificiais não têm ação fotoprotetora, portanto, é preciso usar protetor solar diariamente para proteger a pele de danos causados pelos raios UVA e UVB.
Proibição
As câmaras de bronzeamento artificial, que fizeram muito sucesso no Brasil durante várias décadas, são proibidas pela Anvisa desde 2009. "Cinco minutos em uma câmara de bronzeamento equivaliam a 50 minutos no sol, sem protetor, no horário de maior radiação solar. Este tipo de bronzeamento artificial foi proibido porque aumenta em 75% as chances do câncer de pele mais letal que é o melanoma, além de poder causar lesões oculares e queimaduras. Ele também causava o envelhecimento precoce da pele", explica a dermatologista Michele Haikal.
Por Conceição Gama
Atualizado em 23 Fev 2015.