Já se vai uma década desde que a eterna interprete de Anita, Mel Lisboa, figurou no imaginário de muitos brasileiros na pele e curvas da vilã lolita. A atriz, grávida do segundo filho - ou filha, já que ela admite não querer saber o sexo do bebê por agora -, está em cartaz na capital paulista com a peça Cine Camaleão – A Boca do Lixo, na Sede Luz de Faroeste.

A montagem mescla teatro e cinema em seu enredo e gira em torno de uma produtora fictícia que pretende montar um filme erótico, entre 1960 e 1980, quando a Boca do Lixo ganhou o apelido de Quadrilátero do Pecado e vivia sobre grande repressão no país.

Diferente de suas personagens anteriores, dessa vez Mel Lisboa mergulhou fundo no universo underground, mas não deixou de lado o erotismo. Para viver Wanda Scarlatti, uma cantora e atriz determinada a bancar a produção do filme pornô, a atriz fez um trabalho grande de pesquisa e, claro, passou a frequentar ainda mais a atmosfera do Centro da cidade.

“Apesar da Wanda ser uma cantora popular, ela busca um outro lado da moeda. Acho que ela iria, por exemplo, em um karaokê na Liberdade, para se divertir e tomar uma, iria ao Baixo Augusta, com certeza, e visitaria a cena alternativa em São Paulo, como a Praça Roosevelt”, comenta.

Caseira?

“Gaúcha de sangue, carioca de coração e paulista por opção”, com 29 anos e mãe de primeira viagem do pequeno Bernardo, 2, a atriz comenta que passou a enxergar a capital paulista de outra maneira após a maternidade. “A cidade mudou muito depois que eu tive filho. Agora existe uma segunda São Paulo”, comenta.

Veja os locais que Mel Lisboa leva seu pequeno e onde costuma ir com o marido, o músico Felipe Roseno.

Mãe
“Levo meu filho ao Parque da Aclimação, pois gosto e é próximo da minha casa. Curto andar com ele região da Avenida Paulista, desde o Centro, até a parte dos Jardins”.

Comer e beber
“Vou com meu marido ao Genésio, no Genial, na Vila Madalena e próximo da minha casa tem o Veloso, na Vila Mariana. Vou também aos restaurantes da Joaquim Távora e adoro o Paris 6, por ser 24 horas, quando saímos e ficamos até tarde na noite. Vamos também ao Rex, Carlota, D.O.M., são muitos”

Curtir a noite
“Meu marido é músico e vamos bastante ao Studio SP, o Bleecker, o Bourbon Street, Jazz nos Fundos”.

SP do lixo ao luxo
“Fiz um passeio com a minha mãe, que não mora aqui, e chamamos de 'Do Lixo, Ao Luxo'. Saímos a pé do teatro e passamos pela frente da Cracolândia, na Helvetia. Tomamos um chope no Bar do Léo, andamos pela Avenida Ipiranga, até o Copan. Almoçamos no Bar da Dona Onça, fomos ao Espaço dos Fofos, ver uma peça, e a noite fomos jantar no D.O.M. É São Paulo do começo ao fim e são locais que só a cidade consegue reunir”.