Uma amostra da grandiosa obra de Tom Jobim é apresentada no documentário musical assinado por Nelson Pereira dos Santos. São cerca de 90 minutos de notas, acordes e vozes de diferentes intérpretes das canções do maestro, que é considerado por muitos o maior nome da música brasileira (ao lado de Heitor Villa-Lobos).

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Nenhuma palavra está presente em "A Música Segundo Tom Jobim", filme também dirigido por Dora Jobim, neta do compositor. "O extraordinário universo da música de Antonio Carlos Jobim não cabe em palavras" é a ideia que permeia essa narrativa cinematográfica. Assim, nenhum depoimento, falas do homenageado ou mesmo identificação dos cantores fazem parte do filme, durante as performances apresentadas.

O foco são as canções marcantes na trajetória do músico, escolhidas dentre um repertório que passa de 200 composições, segundo a co-diretora. Durante a sucessão de perfomances, Tom Jobim e outros intérpretes se revezam na execução de músicas como Chega de Saudade, Garota de Ipanema e Desafinado, e demonstram a universalidade do maestro que se consagrou ícone da Bossa Nova.

É possível conferir cantores brasileiros e estrangeiros em apresentações memoráveis, muitas vezes desconhecidas do grande público. Entre eles: Gal Costa, Agostinho dos Santos, Henri Salvador, Vinicius de Moraes, Ella Fitzgerald, Sammy Davis Jr, Judy Garland, Chico Buarque e Miúcha, que inclusive assina o roteiro do filme ao lado do diretor.

Outro destaque do documentário, cuja direção musical é assinada por Paulo Jobim, é que a ordem cronológica de criação das composições foi respeitada durante a sequência. Além disso, fotografias de Tom Jobim em diversos momentos de sua vida aparecem intercaladas com imagens de paisagens do Rio de Janeiro e a movimentação dos homens e mulheres nas praias da cidade nos anos 60.

* Confira crítica sobre o filme "A Música Segundo Tom Jobim"