Maria Antonieta, a rainha mais polêmica da história francesa, vive um triângulo amoroso com uma duquesa e uma jovem serviçal no novo filme de Benoît Jacquot. Adeus, Minha Rainha será exibido durante o Festival Varilux de Cinema Francês antes de entrar em cartaz no circuito comercial, no segundo semestre de 2013.
+ Confira as estreias da semana
Enquanto o povo se rebela contra o reinado de Luís XVI no início da Revolução Francesa, a corte de Versalhes se apega a uma rotina frívola e alienada. O ano é 1789 e, aos poucos, notícias da tomada da Bastilha começam a chegar, acompanhadas de uma lista com cabeças a cortar. No topo dessa lista está a rainha, vivida por uma caprichosa e amargurada Diane Kruger. Ao contrário de outras interpretações (como a de Kirsten Dunst no filme de Sofia Coppola), a Maria Antonieta de Kruger reage à vida do palácio com frieza e se desespera, apenas, diante de um amor impossível.
Como ela, quase todos os membros da corte evitam se mirar nos olhos – exceto numa cena, quando uma mulher olha diretamente para a câmera, quebrando todas as expectativas e deixando transbordar o sentimento de repressão que domina o filme. Quem também ousa observar a corte é a ingênua Sidonie Laborde (Léa Seydoux), encarregada de ler para a rainha os romances mais adequados ao seu humor. Devota, Sidonie sonha ter o lugar de Gabrielle (Virginie Ledoyen), duquesa e amante de Antonieta. É pelo ponto de vista de Sidonie que vivemos a história da rainha.
Jacquot coloca o público dentro dos corredores do palácio, espiando por portas entreabertas e marchando com a multidão para ver o rei. Não há segredos em Versalhes, apesar das maquiagens carregadas e perucas volumosas. Também não há amizade: cada um deverá fazer as escolhas certas para sobreviver à revolução.
Trailer do filme
Adeus, Minha Rainha
Diretor: Benoît Jacquot
Elenco: Léa Seydoux, Diane Kruger, Virginie Ledoyen
País de origem: França
Ano de produção: 2012