Amarelo é a cor do ouro. Mas também é a cor das coisas envelhecidas pelo tempo e a cor do rosto daqueles que têm doenças como hepatite. É este tom que o diretor Cláudio Assis mostra em seu filme de estréia, Amarelo Manga, retratando personagens da periferia do Recife.
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O travesti e cozinheiro Dunga (Matheus Nachtergaele) é apaixonado secretamente pelo açougueiro Wellinton (Chico Diaz), que, apesar de ser casado com a evangélica Kika (Dira Paes), tem uma amante. Dunga trabalha numa pensão de periferia, onde um dos hóspedes é o traficante Issac (Jonas Bloch). Ele vende maconha para uma pessoa que não paga com dinheiro, mas com cadáveres desviados do IML, onde trabalha. Uma das coisas que Isaac faz com os corpos (para citar apenas uma) é descarregar sua arma neles. Ainda sobra espaço para uma dona de botequim constantemente assediada pelos clientes e um padre bêbado.
Tratando temas como necrofilia, homossexualismo e adultério sem ser extremamente sombrio, Amarelo Manga ganhou prêmios no Festival de Berlim e no Festival de Cinema Latino-Americano de Toulouse (França), além de também ter sido premiado no Festival de Brasília - incluindo melhor filme na opinião do público e da crítica e melhor ator para Chico Diaz.
Amarelo Manga
Diretor: Cláudio Assis
Elenco: Leona Cavalli
País de origem: BRA
Ano de produção: 2002
Classificação: 18 anos