Quando a Cidade de Deussurgiu, na década de 60, ela era muito pouco parecida com o que é hoje. Mas a favela violenta do presente já estava desenhada lá desde o começo. Buscapé (Alexandre Rodrigues) sabia disso. Num lugar onde o destino quase certo era se integrar ao tráfico, ele não queria se tornar um bandido e procurava uma outra ocupação. Acabou encontrando a fotografia.
Seus amigos de infância, no entanto, não tiveram a mesma sorte. Especialmente Dadinho, que, ainda um pré-adolescente, foi recrutado para um papel de coadjuvante em um roubo. Dali em diante, não parou mais até se tornar Zé Pequeno (Leandro Firmino da Hora), temido líder do tráfico na Cidade de Deus, um sujeito praticamente acima do bem e do mal, disposto a comprar briga com qualquer um, por qualquer motivo, seja pela mulher de Mané Galinha, ou pelo controle do tráfico contra Sandro Cenoura (Matheus Nachtergaele). O único que mantém Zé Pequeno longe de problemas maiores ainda é seu assistente fiel, Bené, que completa o trio de amigos. À medida que o tempo passa, os bandos se tornam maiores, mais jovens e mais armados. A guerra total é questão de tempo.
Cidade de Deus teve quatro indicações ao Oscar (direção, roteiro adaptado, fotografia e edição). É considerado um dos melhores filmes nacionais dos últimos anos, chocante por sua violência, mas não menos chocante por sabermos que a realidade é assim mesmo: crianças de arma na mão, que não dão valor nenhum à vida, enfrentando o destino quase inevitável de se juntar ao crime.
Trailer do filme
Cidade de Deus
Diretor: Fernando Meirelles
País de origem: BRA
Ano de produção: 2002
Classificação: 16 anos