Entre o final dos anos 50 e o decorrer dos 60, um menino negro viaja pelos EUA fugindo de sua realidade e usando a música para expressar seus sentimentos. Um jovem poeta revela suas impressões sobre a vida e a arte. Um documentário tenta descobrir o destino de um grande astro do folk que foi esquecido, enquanto um ator ganha fama no papel do mesmo cantor. Um misterioso forasteiro busca justiça na cidade que o acolheu. E um músico famoso é questionado por deixar de lado suas questões políticas.

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Nenhum destes personagens se conhecem, mas eles são a mesma pessoa. Cada um representa um pouco do controverso músico estadunidense Bob Dylan, que faz sucesso há mais de 50 anos, se reinventando sempre. Desde o início anônimo, os problemas familiares, os altos e baixos, a relação com a política e com o universo pop, e a tentativa de se manter no anonimato são mostrados em Não Estou Lá. No filme, são apresentadas seis personalidades diferentes do músico, entre 1959 e 1968, quando um fato marcante representou outra grande ruptura na carreira de Dylan.

Dirigido por Todd Haynes, de Longe do Paraíso, Não Estou Lá usa seis diferentes atores, entre eles uma mulher, Cate Blanchett, e uma criança negra para fazer uma homenagem ao músico. Além da trilha sonora, o filme não faz referências diretas a Bob Dylan, criando personagens fictícios de acordo com cada fase de sua carreira no período. Porém, Todd fez questão de deixar claro sobre o que era a obra. O diretor é o mesmo de Velvet Goldmine, que também retrata através de personagens fictícios a carreira da banda Velvet Underground, de David Bowie.