Lourenço está longe de ter a vida que sonhou. Durante o dia ele compra, a preços ínfimos, produtos diversos de pessoas desesperadas por algum dinheiro imediato. Para isso, ele não tem o menor pudor de se aproveitar do estado de seus clientes. Ao anoitecer, se encontra com a noiva, a quem nunca amou, mas que está de casamento marcado por puro comodismo. Durante a tarde, ele faz um lanche em um boteco perto do trabalho.
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Quando o banheiro de seu escritório entope, O Cheiro do Ralo passa a perturbá-lo, fazendo com que desista do casamento e de qualquer relacionamento que o prenda. Lourenço passa a ser mais frio e ácido e não mede palavras para lidar com as pessoas. Quanto mais o cheiro aumenta, mais sua vida se complica, recheada de problemas. A única coisa que passa a chamar a atenção dele é o bumbum da atendente do boteco onde ele come todos os dias, por quem se apaixona. Não pela balconista, apenas por esta intrigante parte de seu corpo.
O Cheiro do Ralo é o segundo filme do diretor Heitor Dhalia. Tanto este como o anterior, Nina, foram adaptados de obras do cartunista Lourenço Mutarelli, que neste filme faz uma participação como o segurança do protagonista. Ao contrário da maioria das produções nacionais, O Cheiro do Ralo não contou com verbas públicas para ser feito. A própria equipe, entre eles o ator Selton Mello, pagou o filme. Em 2006, ganhou o prêmio de melhor ator para Selton no Festival do Rio e o de melhor filme na Mostra Internacional de São Paulo.
Trailer do filme
O Cheiro do Ralo
Diretor: Heitor Dhalia
Elenco: Selton Mello
País de origem: BRA
Ano de produção: 2006
Classificação: 16 anos