Se você gosta de filmes baseados em livros de John Grisham, não pode deixar de assistir a O Júri. O livro foi lançado no começo da década de 90 e o cinema já se debruçava sobre a história, em que o peixe grande era a indústria do cigarro. Mas, depois do lançamento de O Informante, houve uma mudança no roteiro e as armas entraram em cena. Esta é a primeira vez em que Dustin Hoffman e Gene Hackman atuam juntos.

Jurados têm de ser imparciais, não? Seja no Show de Calouros, nos concursos de miss ou nos julgamentos mais importantes da nação, certo? Esqueça, isso é bobagem. E Rankin Fitch (Gene Hackman) sabe muito tem disso. Ele é um consultor especializado em vasculhar as vidas de potenciais jurados para que os escolhidos lhe dêem mais chance de vitória. O cliente da vez é uma grande indústria de armas, processada por uma viúva, cujo marido foi morto a tiros. Se não fosse tão fácil conseguir uma arma, o homem estaria vivo até hoje, argumenta. Ao seu lado está o honesto advogado Wendall Rohr (Dustin Hoffman).

Um dos jurados é Nick Easter (John Cusack), que a princípio não quer nem saber de fazer parte do júri pois tem mais o que fazer. Outro é um ex-militar. Há ainda uma alcoólatra. Do lado de fora está Marlee (Rachel Weisz), que faz chegar aos dois advogados uma carta anônima: o júri está à venda. Quem pagar mais ganha o caso. E agora, quem escreveu a carta? Algum dos dois lados vai topar o suborno? Rohr leva a ética a sério, mas sabe que o adversário tem dinheiro para gastar e não hesitaria em usá-lo. Não seria o momento de pensar que os fins justificam os meios?