A nova animação de Sylvian Chomet - diretor de As Bicicletas de Belleville (2003) - traz a história de dois caminhos que se cruzam no final dos anos 50: o de Tatischeff, O Mágico, e o de Alice, uma jovem, quase mulher, que mantém seu lado infantil intacto. A obra é uma adaptação do roteiro de Jacques Tati, que ficou arquivado durante meio século até ser produzido por Chomet.

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Tatischeff, apesar de ser um ótimo profissional, percebe que sua fase de glória está chegando ao fim, afinal, não é fácil disputar espaço com ídolos emergentes do rock e com a revolucionária televisão. Na busca por um palco, o mágico viaja de cidade em cidade para se apresentar em lugares cada vez mais decadentes, como festas no quintal, bares, cafés e teatros de periferia. Mas em uma dessas viagens, ele conhece a garota que irá mudar sua vida.

Alice se encanta pelo show e acredita que os truques são mágica de verdade. Ela o segue para Edimburgo e nasce entre ele um amor de pai e filha. Para recompensar o entusiasmo e reconhecimento da garota, o mágico a presenteia com o aparecimento de extravagantes presentes. Ele mantém a farsa mesmo quando seu dinheiro está chegando ao fim, pois não quer decepcioná-la.

Um dia, porém, Alice se apaixona e se casa, seguindo seu próprio caminho, e o mágico deve continuar a busca por um palco para se apresentar. No entanto, se transforma em um homem mais sensato, depois de tudo o que aprendeu com a jovem.

O longa recebeu indicações ao Globo de Ouro e ao Satellite Awards na categoria de melhor filme de animação, e ao Annie - considerado o Oscar das animações - nas categorias melhor filme, diretor, roteiro, música e desenho de personagem.

Foto: IMDb