O cinema está sempre em movimento e, com ele, grandes talentos vêm e vão. Uns conseguem se estabelecer como nomes conhecidos pelo público ou pela crítica, enquanto outros caem no esquecimento. Para ajudar você a saber em quais diretores vale a pena ficar de olho, o Guia da Semana selecionou 10 cineastas em ascensão, que têm se destacado nos últimos anos e prometem bombar nos próximos. Confira e coloque no radar:
Rian Johnson
Quando “Star Wars: O Despertar da Força” foi anunciado pela Disney, a única informação que conseguiu tranquilizar os fãs foi a escolha de J.J. Abrams – um nome familiar - para a direção. Agora, o Episódio VIII terá um relativo desconhecido assumindo a cadeira de Abrams e, inclusive, substituindo Lawrence Kasdan na criação do roteiro: Rian Johnson.
O diretor e roteirista, porém, não é nenhum estreante: Johnson dirigiu os pouco conhecidos “A Ponta de Um Crime” (2005), “Vigaristas” (2008) e o muito elogiado “Looper: Assassinos do Futuro” (2012), que também escreveu. Além disso, o cineasta trabalhou em três episódios da série “Breaking Bad”.
Ryan Coogler
Se Michael B. Jordan é um nome respeitado, hoje, em Hollywood, é graças a Ryan Coogler. O diretor e roteirista lançou o ator em seu longa de estreia, “Fruitvale Station” (2013) e, em 2015, colocou Jordan sob os holofotes na sequência de “Rocky Balboa”, “Creed: Nascido Para Lutar”. O próximo projeto de Coogler será ainda mais ambicioso, mas, desta vez, não terá Jordan no elenco: o diretor foi convidado para comandar o filme-solo do herói Pantera Negra para a Marvel, com Chadwick Boseman no papel principal.
Patty Jenkins
Patty Jenkins pode não ter entrado, ainda, no radar do público de cinema, mas vai entrar em breve. Em 2017, é ela quem assina a direção do filme-solo da Mulher Maravilha, com Gal Gadot, que promete ser uma das peças mais importantes do universo DC. Jenkins trabalhou em telefilmes e séries de TV e se destacou com o longa “Monster: Desejo Assassino”, que deu o Oscar a Charlize Theron em 2004.
Lenny Abrahamson
O irlandês Lenny Abrahamson chamou a atenção da crítica quando lançou, em 2014, o esquisitíssimo, mas interessante, “Frank”, drama indie sobre um músico que se une a uma banda liderada por um cantor com uma cabeça gigante de plástico – Domhnall Gleeson, Maggie Gyllenhaal e Michael Fassbender estavam no elenco. Mais tarde, em 2015, Abrahamson ganhou o respeito de Hollywood com o belo “O Quarto de Jack”, indicado a quatro Oscars e vencedor de um, o de Melhor Atriz para Brie Larson. Ainda não há previsão de próximos projetos.
Alex Garland
Um único longa-metragem foi suficiente para colocar Alex Garland no radar de Hollywood. Em 2015, o diretor estreante, até então conhecido por roteiros como os de “Sunshine – Alerta Solar” e “Não Me Abandone Jamais”, lançou a ficção científica “Ex Machina: Instinto Artificial” (que só chegou ao Brasil via streaming e VOD), escrita e dirigida por ele.
O filme impressionou não apenas pelo conteúdo e pelo estilo, mas pela escolha inteligente do elenco – que reuniu três nomes que, em questão de meses, conquistariam Hollywood: Domhnall Gleeson, Oscar Isaac e Alicia Vikander. Garland trabalha, agora, na adaptação do romance “Annihilation”, de Jeff VanderMeer, com Oscar Isaac, Natalie Portman e Jennifer Jason Leigh.
Ana Lily Amirpour
Depois de arrancar elogios da crítica especializada com o vampiresco noir-pop “Garota Sombria Caminha Pela Noite” (2014), a estadunidense de origem iraniana Ana Lily Amirpour conseguiu o sinal verde para trabalhar com atores americanos em “The Bad Batch”, longa de sua autoria sobre uma história de amor numa comunidade de canibais. Jason Momoa, Keanu Reeves, Jim Carrey e Giovanni Ribisi integram o elenco.
Ben Wheatley
Prolífico em trabalhos na televisão, mas quase nada conhecido nos cinemas, o britânico Ben Wheatley acertou em cheio ao se arriscar na adaptação de “High-Rise”, de J.G. Ballard. O filme, sem data para estrear no Brasil, reúne talentos como Tom Hiddleston, Jeremy Irons, Sienna Miller e Luke Evans numa ficção futurista sobre um edifício de luxo isolado do mundo exterior, onde os moradores se envolvem em incontroláveis intrigas. Wheatley, agora conhecido pela crítica internacional, trabalha num longa de sua própria autoria chamado “Free Fire”, com Brie Larson, Armie Hammer, Sharlto Copley e Sam Riley.
Morten Tyldum
Se o complicado nome “Morten Tyldum” soa familiar para você, é porque o diretor norueguês esteve entre os indicados ao prêmio de Melhor Direção no Oscar 2015, por “O Jogo da Imitação”. Aquele foi seu primeiro longa em língua inglesa e, depois das oito indicações que recebeu, o cineasta é, agora, um legítimo diretor de Hollywood. Seus próximos projetos são a adaptação do livro “Pattern Recognition”, de William Gibson (publicado no Brasil pela Aleph), e o muito esperado “Passengers”, ficção espacial com Jennifer Lawrence e Chris Pratt que deve estrear em 2017 no Brasil.
Derek Cianfrance
O americano Derek Cianfrance ganhou a atenção de Hollywood em 2010, quando dirigiu e ajudou a escrever o roteiro do romance dramático “Namorados Para Sempre”, indicado ao Oscar de Melhor Atriz (Michelle Williams). Em 2012, o diretor lançou “O Lugar Onde Tudo Termina”, repetindo sua parceria com Ryan Gosling e novamente agradando à crítica, mas ficando à margem do grande público. Agora, Cianfrance trabalha em “A Luz Entre Oceanos”, previsto para estrear ainda este ano, que é a adaptação de um romance de M.L. Stedman com Alicia Vikander e Michael Fassbender, dois dos atores mais populares do momento.
David Ayer
David Ayer já conquistou certo prestígio entre um seleto grupo de fãs e críticos, mas, a partir deste ano, deve se tornar um nome de peso em Hollywood. Ayer é o diretor e roteirista por trás da superprodução “Esquadrão Suicida”, longa do universo DC que estreia em agosto deste ano. No currículo, ele traz uma filmografia marcada por violência de rua e guerras: “Tempos de Violência” (2005), “Marcados Para Morrer” (2012) e “Corações de Ferro” (2014) são seus principais trabalhos.
Por Juliana Varella
Atualizado em 22 Mai 2016.