Existem dois tipos de fãs de filmes de terror: aqueles que adoram sangue, monstros e sustos e aqueles que preferem a sutileza do arrepio, procurando filmes que priorizam o terror psicológico e a atmosfera sombria – e que, às vezes, nem são realmente assustadores.
Se você pertence a este segundo grupo, vai adorar a lista que preparamos com 10 filmes de terror que não apelam (apenas) para o susto. Confira:
A Bruxa (2015)
Alvo de discórdias, “A Bruxa” é um filme para amar ou odiar. Apoiado fortemente em símbolos satânicos, o filme explora a opressão da religião e da família sobre uma garota adolescente, que é acusada de bruxaria quando coisas estranhas começam a acontecer em sua casa, num cenário rural do século XVII. Leia a crítica do filme.
Boa Noite, Mamãe (2014)
Austríaco, “Boa Noite, Mamãe” é um dos filmes mais perturbadores que você verá nos cinemas este ano, porque distorce o que normalmente entendemos como a relação entre mães e filhos. No longa, dois irmãos gêmeos não reconhecem a mãe depois que ela volta de uma cirurgia plástica e desenvolvem uma desconfiança crescente, ao mesmo tempo em que ela parece não saber lidar com eles. Leia a crítica do filme.
Corrente do Mal (2014)
Com um clima retrô e um estilo de horror bastante old school, “Corrente do Mal” retoma a tradição da punição sexual de jovens de um jeito diferente: uma maldição (cuja causa ou funcionamento nunca são realmente explicados) é transmitida sexualmente e, para se livrar dela, é preciso passá-la adiante. Leia a crítica do filme.
The Babadook (2014)
Lançado diretamente para o streaming no Brasil, “The Babadook” é um filme que mostra seu monstro, mas não depende dele para assustar. O verdadeiro medo vem da relação entre a mãe, viúva, e seu filho pequeno, que, além de irritá-la até um ponto perigoso, insiste que a criatura de um livro infantil misterioso está rondando a casa deles.
Ilha do Medo (2010)
Mistura de suspense e horror, “Ilha do Medo” conta a história de um oficial que investiga o desaparecimento de um paciente de um hospital psiquiátrico localizado numa ilha isolada. Quando uma tempestade corta a comunicação da ilha com o continente, estranhos acontecimentos fazem o agente suspeitar de uma conspiração e questionar a própria sanidade.
Anticristo (2009)
“Anticristo” seria melhor classificado como um drama, mas a atmosfera criada por Lars Von Trier para narrar a história de luto e guerra entre um pai e uma mãe que perdem o filho por negligência é algo digno de um filme de horror. Isolados numa cabana para tentarem se recuperar do trauma, o casal mergulha ainda mais fundo na depressão e deixa que a natureza de seus sentimentos mais obscuros se manifeste sem filtros.
Deixa Ela Entrar (2008)
Não perca tempo indo atrás do remake: “Deixa Ela Entrar”, adaptação sueca do romance de John Ajvide Lindqvist, é um filmes de terror mais sombrios e apaixonantes que você poderia encontrar. O longa conta a história de um menino solitário e uma pequena vampira, que formam uma amizade sangrenta sob o cenário gélido de Estocolmo.
O Bebê de Rosemary (1968)
O que poderia ser mais assustador que uma mãe com medo do próprio bebê? O tema da maternidade é recorrente no gênero, mas “O Bebê de Rosemary” é, certamente, seu ícone maior. O filme acompanha uma mulher que, ao ficar grávida, começa a suspeitar que seu marido e seus novos vizinhos querem transformar seu filho num demônio.
A Profecia (1976)
Um embaixador e sua esposa têm tudo: dinheiro, influência e um casamento feliz, mas seu primeiro filho morre antes de nascer. Sem contar à esposa, o marido aceita a sugestão de um padre e troca o bebê pelo filho sadio de uma mulher que morrera no parto. Anos depois, uma série de mortes começa a acontecer em torno da família, levantando a suspeita de que o pequeno Damien seja o próprio anticristo.
Nosferatu (1922)
Nenhuma lista de horror estaria completa sem “Nosferatu”, primeira adaptação (não autorizada) do Drácula de Bram Stoker para os cinemas. O filme de 1922, silencioso e em preto e branco, explora a lentidão dos movimentos do vampiro e a expressividade das luzes e sombras para criar uma atmosfera de medo e insegurança em torno dos novos visitantes de seu castelo na Transilvânia.
Por Juliana Varella
Atualizado em 15 Mar 2016.