2017 finalmente começou e é hora de olhar para trás e descobrir quais lançamentos (alguns dos quais ainda não chegaram ao Brasil) se destacaram na multidão ao longo do ano passado. Às vésperas do anúncio oficial dos indicados ao Oscar 2017, conheça 10 filmes que, ao que tudo indica, estão na linha de frente nesta corrida pelo ouro:
La La Land
Depois de “Whiplash”, Damien Chazelle abriu o festival de Veneza com seu novo trabalho, o musical romântico “La La Land”, e desde então não parou de colecionar elogios. Com Emma Stone e Ryan Gosling nos papéis principais (ele interpreta um pianista e ela, uma atriz), o filme arrancou suspiros da crítica e já se posicionou como um dos favoritos nesta temporada, especialmente depois de vencer sete prêmios no Globo de Ouro e ganhar dez indicações ao BAFTA. Estreia no Brasil em 19 de janeiro, com pré-estreias a partir do dia 12.
A Chegada
Denis Villeneuve é um dos diretores mais quentes do momento e seu novo longa, uma ficção científica chamada “A Chegada”, foi recebido com entusiasmo no festival de Veneza e recebeu oito indicações ao BAFTA. O filme traz Amy Adams como uma linguista requisitada pelo governo para mediar o contato com uma nave alienígena que pousou na Terra. Jeremy Renner e Forest Whitaker também estão no elenco. Adams é um nome praticamente certo para a categoria de Melhor Atriz neste ano e pode concorrer tanto por “A Chegada” quanto por “Animais Noturnos”. Estreou no Brasil em 24 de novembro.
Manchester By The Sea
Sucesso em Sundance e em Telluride, o terceiro longa de Kenneth Lonergan traz Casey Affleck numa atuação premiada no Globo de Ouro, como um tio que é obrigado a tomar conta do sobrinho e retornar ao bairro que abandonara há anos, depois que seu irmão morre. Estreia no Brasil no dia 12 de janeiro.
Moonlight
Um dos “pequenos” que se mostrou gigante em Telluride foi “Moonlight”, drama delicado sobre a vida de um homem negro em Miami, da infância à maturidade, em busca do amor e da mudança em meio a uma cidade tomada pelas drogas e pelo preconceito. Naomie Harris, que vive uma mãe viciada, pode ganhar uma indicação. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme (Drama). Estreia no dia 23 de fevereiro no Brasil.
Nocturnal animals
No novo longa do diretor e estilista Tom Ford (“Direito de Amar”), Amy Adams interpreta uma mulher que recebe o manuscrito de um livro escrito por seu ex-marido. O conteúdo é uma história violenta de vingança que pode ou não ser uma ameaça velada. Com Jake Gyllenhaal. Aaron Taylor-Johnson ganhou o Globo de Ouro pela performance como ator coadjuvante e o filme tem indicações no BAFTA, SAG (sindicado de atores) e WGA (sindicato de roteiristas). Estreou no Brasil em 29 de dezembro.
Até o Último Homem
É preciso haver pelo menos um filme de guerra na seleção do Oscar 2017 e tudo indica que o representante será “Até O Último Homem”, de Mel Gibson. Com Andrew Garfield no papel principal, o longa foi ovacionado em Veneza ao narrar a história de um jovem que, durante a Segunda Guerra Mundial, se recusou a matar um indivíduo que fosse ou mesmo a carregar uma arma e se dedicou a salvar a vida de seus companheiros. Estreia no Brasil no dia 26 de janeiro.
Toni Erdmann
Queridinho da crítica desde sua exibição no festival de Cannes, “Toni Erdmann” já é o escolhido da Alemanha para o Oscar 2017 e será o candidato a ser batido na categoria de filmes estrangeiros. O longa (bem longo, aliás) tem um clima leve e cativante e conta a história de um pai brincalhão que tenta a todo custo se reconectar com a filha, já adulta e cheia de responsabilidades. Sem previsão de estreia no Brasil.
Silêncio
O projeto da vida de Martin Scorsese – adaptação do livro de Shûsaku Endô que ele vem tentando adaptar há mais ou menos três décadas – finalmente saiu do papel e conseguiu estrear em circuito limitado a tempo para concorrer ao Oscar 2017. O filme acompanha dois padres jesuítas (Andrew Garfield e Adam Driver) que viajam ao Japão no século XVII para resgatar seu mentor e encontram violência sem precedentes. Estreia no Brasil no dia 2 de fevereiro.
Loving
Ruth Negga e Joel Edgerton interpretam nos cinemas a história real de Mildred e Richard Loving, um casal inter-racial que, em 1958, foi preso por se casar. O filme foi indicado à Palma de Ouro e tem sido exaltado pela relevância e sensibilidade com que o tema é tratado. Também recebeu indicações ao Spirit Awards, PGA (sindicato dos produtores) e WGA (sindicato dos roteiristas). Sem previsão de estreia no Brasil.
Cercas
Outro filme que vem ganhando força sem alarde e que trabalha o tema do preconceito racial é “Cercas”, adaptação da peça de August Wilson (vencedora do Pullitzer de teatro) com roteiro do próprio autor e direção de Denzel Washington. O longa traz Washington e Viola Davis – concorrente forte ao prêmio de Melhor Atriz – reprisando seus papéis na versão da peça que recriaram em 2010 para a Broadway: ele é um lixeiro que, em casa, trata o filho e a esposa (Davis) com rigidez e ferocidade, despejando neles sua insatisfação com a vida. Sem previsão de estreia no Brasil.
Por Juliana Varella
Atualizado em 13 Jan 2017.