Sabe aquele filme incrível que finalmente ganhou uma sequência? E que, depois de assistir, você desejou que nunca tivesse existido? Pois o Guia da Semana se lembra bem dessas decepções cinematográficas e reuniu dez delas numa galeria inesquecível. Confira:
Batman Eternamente (1995)
A história do Batman nos cinemas era um caso de sucesso absoluto desde que Tim Burton assumira o projeto em 1989, entregando dois filmes que se tornariam clássicos para a próxima geração. O diretor, porém, se cansou da série e não quis voltar para o terceiro filme, deixando a franquia nas mãos de Joel Schumacher. Seu primeiro trabalho? “Batman Eternamente” - aquele, com a armadura de Robin com mamilos.
Matrix Revolutions (2003)
Pergunte para qualquer fã: “Matrix” deveria ter sido um filme só. O problema é que a jornada platônica de Neo naquele universo cyberpunk, com sobretudos, coturnos e óculos escuros, fez tanto sucesso que o estúdio não resistiu e quis transformar o longa numa trilogia. “Matrix Reloaded”, o segundo filme, já trouxe muito mais ação do que filosofia e se mostrou menos provocativo do que o original, mas ainda assim conseguiu manter o buzz pela série. Então, veio “Matrix Revolutions” e acabou com toda e qualquer expectativa de um encerramento digno.
Homem-Aranha 3 (2007)
Tobey Maguire nunca foi o Homem-Aranha dos sonhos dos fãs de quadrinhos, mas ele até que funcionava como o nerd ingênuo que ganha super-poderes e conquista a garota que ama. Mas como explicar, no terceiro filme, que o fato de ele “entrar em contato com seu lado negro” significa se comportar como um adolescente bad boy? E nem preciso falar sobre o personagem Venom, perdido entre outros três vilões.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008)
Indiana Jones sempre foi o herói que investigava cavernas e relíquias humanas, esbarrando com forças políticas no processo, certo? Pois no quarto filme da série, os alienígenas se juntam à aventura, com direito a cabeças pontudas e discos voadores. Nem Steven Spielberg conseguiu salvar o filme de se tornar uma piada pronta.
Se Beber, Não Case! III (2011-2013)
O primeiro filme da franquia “Se Beber, Não Case” foi muito engraçado. O segundo, nem tanto. Já o terceiro, exagerou nas piadas de mau gosto e investiu numa história pesada, sem graça nenhuma. Para piorar, ninguém mais estava casando, tornando o título sem sentido.
Trilogia O Hobbit (2012-2014)
“O Senhor dos Anéis” foi uma obra-prima do cinema mundial. Adaptar uma série literária como a de J.R.R. Tolkien não foi tarefa fácil e Peter Jackson fez um ótimo trabalho na tradução do material original para a tela, tornando a história mais fluida e ágil. O mesmo, infelizmente, não pode ser dito sobre a trilogia “O Hobbit”, prequel que foi lançado posteriormente nos cinemas. Os três filmes foram inspirados por um único (e bem curto) livro, o que já é um problema por si só. Além disso, o livro conta a história de um hobbit (Bilbo Bolseiro) medroso e preguiçoso, mas de bom coração. Martin Freeman, que assumiu seu papel nas telas, pode ser o melhor dos três filmes, mas seu personagem não tem nada a ver com o original.
300: A Ascensão do Império (2014)
Em 2006, Zack Snyder conseguiu transpor para as telas toda a energia e o estilo dos quadrinhos de Frank Miller no filme “300” e inspirou uma infinidade de longas que viriam depois. Já em 2014, a técnica não era mais nova e repetir a receita se mostrou um erro. Noam Murro, que assumiu a direção da sequência, e Sullivan Stapleton, eleito para o papel principal, não seguraram a história fraca e “A Ascensão do Império” se mostrou esquecível.
Exterminador do Futuro: Gênesis (2015)
Nem todos os filmes de “O Exterminador do Futuro” foram bons, mas “Gênesis” foi, provavelmente, o pior. Apesar de acertar no início (mostrando o encontro entre as versões jovem e velha de Schwarzenegger), o filme desanda e os novos protagonistas (Emilia Clarke e Jai Courtney) não convencem. Para piorar, John Connor (Jason Clarke) tem sua identidade totalmente deturpada e as viagens no tempo, essenciais à série, chegam a um paradoxo.
007 Contra Spectre (2015)
Daniel Craig e Sam Mendes revitalizaram a imagem de James Bond com “Cassino Royale” e mantiveram um nível alto durante “Quantum of Solace” e “Skyfall”. “Spectre”, porém, mostra o cansaço da dupla e segue por um caminho radicalmente distinto – que poderia funcionar para o 007 anterior, mas não para este.
Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 2 (2015)
Que me perdoem os fãs de “Jogos Vorazes”, mas a franquia poderia ter sido muito melhor se não fosse pelo último episódio. Apesar de fiel ao livro, o encerramento não satisfaz a expectativa criada pelos dois primeiros filmes, que mostraram arenas sanguinárias promovidas por um sistema político interessantíssimo, apoiado no entretenimento e na promessa de paz. Aonde esses temas foram parar?
Por Redação
Atualizado em 9 Dez 2015.