15 Filmes essenciais para o mundo da moda

Nos anos 20, a moda era usar vestidos retos e chapéus. Depois, o preto se tornou um “must”. Mais tarde, a rebeldia juvenil abraçaria o jeans e o couro, incorporando cada vez mais acessórios ao visual – brincos, colares, óculos escuros, brilhantina. Nos anos 90, quem reinou foi a minissaia e, de lá para cá, tudo o que fosse caro ou usado “pela pessoa certa” poderia ser considerado de bom gosto.

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A moda reflete o pensamento de uma geração, e não há quem capture este fenômeno melhor que o cinema. Pensando nisso, o Guia da Semana selecionou 15 filmes nos quais a moda é protagonista. Confira:

O vestido de Marilyn Monroe em "O Pecado mora ao Lado" foi responsável por uma das cenas mais famosas do cinema (Divulgação)

O Pecado Mora ao Lado (1955)

Pense numa cena clássica do cinema: Marilyn Monroe segurando seu vestido branco rodado sobre a saída de ar do metrô. A imagem se tornou tão icônica que foi eternizada numa estátua, que hoje está na Califórnia. No filme de 1955, Marilyn é a vizinha de um homem casado, que se encanta pela loira ao mesmo tempo em que desenvolve uma paranoia sobre sua própria traição ou a de sua esposa, que viajou.

Entrar na Fontana di Trevi com um vestido de gala é puro Fellini (Divulgação)

La Dolce Vita (1960)

Um dos filmes mais importantes de Federico Fellini foi lançado em 1960, mas dialoga com o mundo fashion e de celebridades até hoje. No longa, Marcello Mastroianni vive um repórter que acompanha a passagem de uma atriz de Hollywood por Roma. O filme critica o hedonismo e a incomunicabilidade na sociedade do espetáculo.

Cabelos curtos, listras, óculos escuros... A Nouvelle Vague francesa nasceu com Godard (Divulgação)

Acossado (1960)

O primeiro e mais importante longa de Jean-Luc Godard, de 1960, marcou a estética da Nouvelle Vague francesa – minimalista, jovial, extremamente (ou estereotipicamente) francesa. No filme, um criminoso e uma estudante se envolvem enquanto ele tenta fugir do país.

Audrey Hepburn consegue ser graciosa até enquanto mastiga seu croissant (Divulgação)

Bonequinha de Luxo (1961)

O que seria dos clássicos tubinhos pretos sem Holly Golightly e seu “café da manhã na Tiffany’s”? No filme de 1961, baseado no romance de Truman Capote, Audrey Hepburn vive a ex-garota pobre, que se casou muito cedo e fugiu para perseguir a riqueza com que sempre sonhou. O problema é que seus métodos para alcançar esse sonho acabam machucando seu novo vizinho e amigo, Paul (ou Fred, como ela gosta de chamá-lo).

Rita Hayworth e sua luva mágica: strip tease completo sem tirar nada (Divulgação)

Gilda (1964)

Gilda, de 1964, não é exatamente um filme sobre moda, mas mostra o poder de um acessório na imaginação das pessoas. Na cena mais famosa, Rita Hayworth canta e dança vestindo um longo tomara-que-caia preto e luvas de cetim. Durante a canção, ela simula um strip-tease usando apenas uma das luvas – o suficiente para enlouquecer seus espectadores.

Aeromoças que flutuam, vestidas com conjuntinhos justos e toucas curiosas... Esse era o futuro em 1968 (Divulgação)

2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)

Retratar com precisão um figurino de época pode ser um desafio, mas o que dizer de uma época que ainda não passou? Em “2001”, talvez a obra máxima de Stanley Kubrick, desde as roupas de executivos comuns até os uniformes dos astronautas foram desenhados pelo estilista Hardy Amies, com destaque special para os conjuntinhos das aeromoças: mais do que o design futurista, vemos o futuro aos olhos dos anos 60.

Diane Keaton imortalizou o colete feminino no filme de Woody Allen (Divulgação)

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977)

“O que é que ela está usando?” é uma das primeiras perguntas que nos fazemos ao assistir ao clássico de Woody Allen. Diane Keaton, musa e amiga do cineasta, dá nome ao filme (seu nome verdadeiro é Diane Hall, apelidado de Annie Hall para o título original) e apresenta ao mundo um estilo todo especial: “desleixado chic” – ou só excêntrico mesmo.

John Travolta fez mais do que usar um casaco de couro: ele trouxe os anos 50 de volta à vida (Divulgação)

Grease (1978)

O clássico musical com John Travolta e Olivia Newton-John, pode não falar explicitamente sobre moda, mas usa o romance dos dois estudantes (que se amam, mas se afastam) para retratar uma época – com todo o estilo visual e comportamental dos anos 50, com seus bad boys e saias rodadas. Haja brilhantina!

Alicia Silverstone influenciou uma geração de meninas a serem patricinhas (mas com bom coração) (Divulgação)

As Patricinhas de Beverly Hills (1995)

O nome já diz tudo: o clássico de 1995 ensinou toda uma geração de meninas a se comportarem como perfeitas patricinhas – e terem orgulho disso. Alicia Silverstone é quem comanda a comédia na pele de Cher Horowitz, uma adolescente rica que se preocupa mais com roupas do que com o mundo real, mas que tem um bom coração.

Ben Stiller satirizou o mundo da moda como o modelo ingênuo em "Zoolander" (Divulgação)

Zoolander (2001)

Ben Stiller dirige e atua na comédia, ao lado de Owen Wilson, Vince Vaughn, Will Ferrell e até do ícone fashion David Bowie. Stiller vive um modelo de sucesso que recebe uma proposta falsa de emprego – onde, na verdade, é condicionado a cometer um assassinato. Uma sátira bem-humorada do mundo fútil da moda, com alfinetadas sobre as condições de trabalho de quem produz as peças.

Anne Hathaway e Meryl Streep fizeram história: vida longa aos cabelos brancos e belos casacos (Divulgação)

O Diabo veste Prada (2006)

No sucesso de 2006, Meryl Streep incorporou o próprio Diabo – ou melhor, a editora de moda Miranda Priestly, inspirada na editora da Vogue americana, Anna Wintour. O filme conta a história de uma garota comum que consegue um trabalho na revista de Miranda e vê sua vida se transformar junto com seu guarda-roupa (uma coleção capaz de alimentar os sonhos fashionistas das garotas por muitos anos).

Carrie Broadshaw e suas amigas mostraram que é possível ser uma mulher bem sucedida sem deixar de ser feminina (Divulgação)

Sex and the City (2008)

Ícone feminino nos anos 2000, Carrie Broadshaw (Sarah Jessica Parker) mostrou que é possível ser bonita, inteligente, bem sucedida profissionalmente e ainda amar sapatos! No filme inspirado na série de TV, Carrie e suas amigas tentam se equilibrar entre a vida atarefada e seus relacionamentos amorosos – única área em que parecem não ser tão bem sucedidas assim.

Audrey Tatou é Coco Chanel na bela cinebiografia de Anne Fontaine (Divulgação)

Coco Antes de Chanel (2009)

A atriz francesa Audrey Tatou dá vida e alma à estilista mais famosa do mundo da moda: Coco Chanel. O filme conta a trajetória da artista desde a juventude num orfanato e dos trabalhos num cabaré até a decisão de vestir roupas masculinas – e adaptá-las ao corpo feminino.

Sofia Coppola transformou em filme a história real dos adolescentes ricos que invadiram e saquearam casas de famosos (Divulgação)

Bling Ring: a Gangue de Hollywood (2013)

Sofia Coppola é a diretora queridinha dos jovens fashionistas, hipsters, cinéfilos, chame como quiser. Depois de se aliar a Kirsten Dunst e Scarlett Johanson em outros filmes, sua musa mais recente foi Emma Watson – que já se tornara “it-girl” muito antes de interpretar a garota rica que invade mansões de famosos e rouba suas roupas junto com outros jovens de Hollywood. Tudo isso foi inspirado numa história real e escancara as consequências comportamentais do mundo das celebridades.

O livro de Scott Fitzgerald inspirou uma série de diretores e estilistas com o brilho dos anos 20 (Divulgação)

O Grande Gatsby (1949 / 1974 / 2013)

Escolha sua versão: seja com Robert Redford e Mia Farrow ou com Leonardo DiCaprio e Carrey Mulligan, a verdade é que as diversas adaptações do romance de Scott Fitzgerald buscaram no glamour dos anos 20 os excessos necessários para contar a história do milionário misterioso e suas festas grandiosas, feitas para conquistar uma jovem socialite. (No filme de 2013, o figurino é assinado por Chanel e Tiffany’s).