Mais uma versão de Godzilla está prestes a estrear. O monstro japonês, que foi criado nos anos 50 como metáfora para o desastre de Hiroshima, já ganhou diversas versões para o cinema e a televisão, mas o remake americano mais recente – de 1998, por Roland Emmerich – foi um fracasso tão grande que poucos se arriscariam a fazer uma nova tentativa.
Talvez por isso tenham escolhido um diretor relativamente desconhecido. Gareth Edwards dirigiu seu primeiro longa, Monster, em 2010, com um orçamento que não chegava a um milhão, e ganhou certa fama no circuito alternativo. Agora, com US$ 160 milhões nas mãos, ele tem a chance de entregar um verdadeiro blockbuster – ou sofrer do mesmo mal de Neil Blomkamp (Distrito 9 e Elysium) e descobrir que trabalhar em Hollywood e ter sucesso são coisas bem diferentes.
Confira 5 coisas que podemos esperar do filme que estreia no dia 15 de maio no Brasil:
Suspense:
Se depender do histórico do diretor, Godzilla adotará o ponto de vista das vítimas, pequeninos seres humanos que só conseguem ver partes do monstro ou o rastro de destruição deixado por ele. Seu filme anterior, Monsters (2010), usou essa estratégia, enfocando as reações os conflitos humanos enquanto a tragédia maior acontece - como em Cloverfield.
Visual noturno:
Os carros-chefe da Warner costumam ter um visual bem parecido: escuro, esverdeado, com muitas cenas noturnas e efeitos visuais milionários. Nem é preciso dizer que o filme será lançado em IMAX, não é?
Didatismo:
Um ponto negativo que podemos esperar é o didatismo dos diálogos. Gareth Edwards já havia sido criticado por isso em Monsters e o principal roteirista do filme é Dave Callaham, conhecido por Mercenários. Cá entre nós, esse não é o maior exemplo de roteiro sofisticado. Tudo será explicado nos mínimos detalhes.
Dramas pessoais:
Bryan Cranston, Sally Hawkins e Juliette Binoche são alguns dos nomes que compõem o elenco de Godzilla. Os três fizeram fama com papéis dramáticos (Breaking Bad, Blue Jasmine e A Liberdade é Azul, para citar alguns) e não foram escalados à toa. Nos trailers, já é possível perceber que Cranston enfrentará um trauma logo no início do filme e que o verdadeiro conflito será entre pessoas.
Efeito-fanboy:
Em 2013, Círculo de Fogo teve bilheterias mornas, mas fez a alegria de fanboys em todo o mundo com suas referências à cultura japonesa e pop. O novo Godzilla tem tudo para repetir o feito: prova disso é que os trailers em japonês têm feito tanto sucesso na internet quanto os americanos e a estética nipônica é evidenciada no pôster e em cenas-chave.
Por Juliana Varella
Atualizado em 14 Mai 2014.