“Jogos Vorazes: A Esperança – O Final” chega aos cinemas no dia 18 de novembro para encerrar a saga de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) na adaptação dos livros de Suzanne Collins. O filme é o quarto da franquia e a segunda parte de um final dividido em dois, cuja primeira metade foi lançada um ano atrás. Confira três motivos para ver o novo filme e três motivos para não ver, e decida se esta estreia vale o seu ingresso:
Para ver:
1. É o encerramento de uma das franquias mais bem sucedidas dos últimos tempos.
Se fosse preciso escolher um único motivo para ver “A Esperança – O Final”, é que este é o filme que encerra uma franquia histórica. Como “Crepúsculo” e “Harry Potter”, “Jogos Vorazes” influenciou toda uma geração de adolescentes e representou um forte movimento literário (a distopia), muito bem representado nos cinemas.
2. Há pelo menos uma cena de ação excepcional.
Por mais que a maior parte do filme tenha um passo mais lento, a sequência de ação passada no subsolo da Capital – com direito a uma infestação de bestantes (criaturas sem pêlos com dentes afiados) e armadilhas – é uma das melhores de toda a série.
3. Tem um conteúdo político mais ambicioso que a maioria dos filmes adolescentes.
O terceiro e o quarto filmes da saga podem não ser tão ousados quanto os primeiros, mas, ainda assim, conseguem provocar reflexões interessantes sobre guerra (e a anulação do indivíduo nesse contexto), mídia, manipulação de massas e totalitarismo versus democracia.
Para não ver:
1. O ritmo do filme é confuso.
Com mais de duas horas de duração, o último filme da saga se demora demais em cenas pouco relevantes, como a caminhada dos rebeldes rumo à Capital, e se apressa nos momentos mais cruciais da história, como o confronto final contra o presidente Snow.
2. A personalidade de Katniss se perde ao longo do filme.
Katniss Everdeen sempre foi apresentada (nos filmes) como uma mulher insubordinada, generosa e com um senso de justiça inabalável. No quarto filme, porém, ela não só passa todo o tempo planejando o assassinato do seu arqui-inimigo (a essa altura ela já deveria saber que violência não é o mesmo que justiça), como aparece numa cena final como [SPOILERS] uma mãe tranquila e acomodada, com um figurino que jamais seria usado espontaneamente pela personagem.
3. O mesmo truque não funciona tantas vezes.
Katniss encara a morte nada menos que TRÊS vezes ao longo deste filme – sem contar as outras duas nos filmes anteriores (no final de “Em Chamas” e após ser atacada por Peeta em “A Esperança – Parte 1”). Aqui, a Capital anuncia sua morte duas vezes (após um tiro e após uma explosão num edifício de onde ela escapara por pouco) e, por fim, ela é atingida de longe por uma bomba. Se o objetivo era mostrar que Everdeen é resistente, bastava um único alarme falso
Por Juliana Varella
Atualizado em 18 Nov 2015.