Estreia nesta quinta-feira mais um filme da franquia Bourne – o quinto até agora e o primeiro desde 2007. Chamado apenas de “Jason Bourne”, o longa traz Matt Damon de volta ao papel do assassino profissional, treinado por um programa ultrassecreto do governo americano, que não se lembra de sua vida antes do alistamento.
Neste filme, Bourne já recuperou muitas informações sobre o seu passado, mas ainda não juntou todas as peças do quebra-cabeças que é sua relação com a CIA. Além de Damon, o longa traz no elenco a atriz Julia Stiles, que reprisa o papel de Nicky Parsons, aliada de Bourne; Alicia Vikander é introduzida como uma agente da CIA que desconfia dos métodos e das intenções do diretor da agência (Tommy Lee Jones); e Vincent Cassel interpreta um assassino que busca vingança de Bourne.
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Ritmo frenético
Se você gostou dos outros filmes da franquia Bourne, as chances de gostar do novo episódio são muito grandes, já que “Jason Bourne” tem o mesmo ritmo dos seus antecessores. O longa consegue dosar uma história bem contada com uma edição frenética e as cenas de ação se equilibram com os momentos de tensão, mantendo o espectador na ponta da cadeira o filme todo.
Cenas de ação
Se o que você quer é ação, “Jason Bourne” é o filme certo. Além de ter dezenas de cenas de lutas, tiros, perseguições e explosões espalhadas ao longo de suas duas horas, algumas sequências chamam a atenção pelo cuidado com que são construídas, desde o enquadramento de câmera até a trilha sonora. Duas se destacam: quando o filme parece ter chegado a um desfecho, acontece uma perseguição de carros que só pode ser descrita como insana, e que facilmente supera qualquer cena do tipo produzida nos últimos anos. Logo em seguida, a música emudece para receber uma briga corpo-a-corpo suja e sangrenta, editada com mais cortes do que a cena do chuveiro em “Psicose” e propositalmente difícil de acompanhar. No final, você estará sem fôlego.
Mais do que ação
Nem só de ação vive a franquia Bourne e isso é um diferencial que fez com que seus filmes ganhassem tantos fãs até aqui. Bourne – o personagem de Damon – realmente é um pouco bruto e sua especialidade é sair por aí machucando as pessoas, além de sempre conseguir fugir, mas há outros personagens que ajudam a equilibrar essa conta e tornar a história mais complexa e interessante.
De um lado, as personagens de Julia Stiles e Alicia Vikander (um grande adendo para o elenco) são responsáveis por toda a espionagem: elas invadem computadores, acessam e manipulam arquivos confidenciais, monitoram equipes em campo e são o verdadeiro “cérebro” de todas as operações.
Do outro, o diretor da CIA vivido por Tommy Lee Jones representa a política e os interesses militares, enquanto o jovem empresário interpretado por Riz Ahmed traz questões sobre tecnologia, tendências de comportamento e riscos da internet à privacidade e à liberdade. No pano de fundo, estão ainda os protestos populares que dominaram as ruas de Atenas em 2015, trazendo uma dimensão ainda mais atual para a história.
Por Juliana Varella
Atualizado em 28 Jul 2016.