Conhecido como mestre do suspense, Alfred Hitchcock teve seu primeiro contato com o cinema em 1920, quando foi trabalhar como designer de título para o estúdio Lasky, em Londres. Três anos mais tarde, aos 24, estreou na direção como substituto de Hugh Croise no curta-metragem “Always Tell Your Wife”.
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Britânico, Hitchcock consagrou-se em sua terra natal com o filme “Blackmail” (1929), dando inicio a sua carreira com filmes de suspense. Em 1933, o cineasta foi trabalhar na Gaumont-British Picture Corporation e, no ano seguinte, lançou “O homem que sabia demais”.
Hitchcock em Hollywood
Hollywood conheceu Hitchcock em 1939, quando o diretor se mudou para os Estados Unidos e lançou “Rebecca”. Este foi seu único longa a vencer o Oscar de Melhor Filme (recebido pelo produtor David O. Selznick).
Apesar disso, seu maior sucesso seria “Psicose” (1960), adaptação de um livro considerado “de mau gosto” pela crítica. O filme mostra uma secretária (Janet Leigh) que foge após roubar a empresa onde trabalhava e decide passar a noite no Motel Bates, onde cruza o caminho de um assassino.
O filme é o 11º na lista dos melhores de todos os tempos e o primeiro no gênero suspense da revista Entertainment Weekly. A fama é tanta que, em 2013, a Universal Channel lançou uma série chamada Bates Motel, que aborda a juventude de Norman Bates, protagonista do filme.
Oscar
Hitchcock foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor cinco vezes, pelos filmes “Rebecca” (1940), “Lifeboat” (1944), “Spellbound” (1945), “Rear Window” (1954), “Psicose” (1960), mas em nenhuma das vezes saiu com a estatueta.
Foi apenas em 1968 que o cineasta recebeu o Prêmio Memorial G. Thalberg, uma premiação que ocorre durante as atribuições do Oscar a produtores de filmes de alta qualidade.
Alfred Hitchcock morreu aos 80 anos em Bel Air, em Los Angeles, na Califórnia, deixando viúva Alma Neville, sua companheira de vida e de trabalho, que veio a falecer ainda naquele ano. Em 2012 foi lançada a cinebiografia “Hitchcock”, de Sacha Gervasi, com Anthony Hopkins no papel do diretor.
Como reconhecer hitchcock
Hitchcock, assim como outros grandes diretores, tem seus trademarks, ou marcas registradas que podem ser percebidas em quase todos os seus filmes.
MacGuffin
Objeto ou objetivo perseguido pelos protagonistas do filme (como uma misteriosa maleta, jóias etc.). Ele é a razão de toda a ação no início da trama – mas, em geral, perde relevância na segunda parte, pois é apenas um pretexto para discutir outros temas. Pode ser um simples isqueiro, como em “Pacto Sinistro”. Outro diretor, Steven Spielberg, também explorou muito o recurso dos MacGuffins, como em “Indiana Jones e o Cálice Sagrado”.
Cameo
Cameo ou camafeu é uma cena em que alguém famoso aparece – como uma “participação especial”. O próprio diretor tinha o costume de aparecer nas telas, geralmente no início dos filmes.
Interatividade
Em alguns momentos, um personagem age como se soubesse que o espectador o observa. Às vezes, fala diretamente com ele.
Identidade do Assassino
O assassino tem sua identidade revelada ao longo do filme, aos poucos, e não apenas no final (como no clássico “Um Corpo que Cai”).
Falso vilão
É comum, em seus filmes, que alguém seja acusado injustamente de um crime, de modo a fazer com que o personagem saia em busca do verdadeiro culpado para se inocentar.
Suspense
O suspense é uma das características mais fortes e fáceis de reconhecer num filme de Hitchcock. A música é sempre protagonista e, juntamente com os efeitos de luz, cria o clima para deixar o espectador constantemente apreensivo.
Por Cláudia Costa, aluna do 2º semestre do curso de jornalismo da ESPM-SP
Atualizado em 28 Fev 2014.