Sabe aqueles dias em que você só quer sentar na poltrona do cinema (ou no sofá de casa), comer sua pipoca e relaxar com um filme bem bobinho, do tipo que você já conhece a história e já sabe o final, mas mesmo assim termina com um sorrisinho no rosto? Pois você precisa de algo como “Deixa Rolar”, comédia romântica com Chris Evans e Michelle Monaghan que estreia no dia 11 de junho.
O interessante de “Deixa Rolar”, dirigido pelo estreante Justin Reardon, é que ele não tem nenhuma pretensão de ser inovador. Pelo contrário, a trama gira justamente em torno de um escritor (Evans) que está trabalhando num roteiro de comédia romântica e que repudia todos os clichês, mas acaba vivendo-os um por um.
Tanto o personagem de Evans quanto a de Monaghan não chegam a ser nomeados. Afinal, protagonistas são meras peças de xadrez quando falamos em comédias românticas, certo? Existe o menino, a menina (Monaghan), o terceiro elemento (Ioan Gruffund) e um grande tabuleiro de obstáculos a serem vencidos antes que eles fiquem juntos.
No caso, o obstáculo principal é o fato de que nenhum dos dois acredita muito no amor – e ambos por razões bem freudianas. Ele foi abandonado pela mãe quando ainda era criança, ela perdeu o pai por suicídio. Ele decidiu não se envolver com ninguém; ela resolveu se contentar com um relacionamento tedioso, mas estável. Eventualmente, ele percebe que é hora de se envolver, mas ela simplesmente não quer assumir o risco. O resto, vocês já conhecem.
Além dos dois, o filme traz Topher Grace, Aubrey Plaza, Luke Wilson e Martin Starr como os melhores amigos de Evans, e Anthony Mackie como seu editor mulherengo. O longa acerta em algumas cenas românticas, mais fofas do que realmente divertidas (como a da aula de Yoga), mas erra nas sequências que envolvem os amigos do protagonista. Com exceção de Grace, nenhum deles chega a cativar ou criar uma boa química com Evans.
“Deixa Rolar” marca uma pausa rápida para o ator entre os filmes da Marvel, já que o último, “Era de Ultron”, acabou de chegar aos cinemas e o próximo, “Guerra Civil”, já está em fase de produção. Apesar disso, sua dedicação é visível e ajuda a segurar o filme, mesmo com um roteiro fraco. No fim, depois de beijos roubados e casamentos interrompidos, o público pode não sair do cinema surpreso, mais sairá um pouco mais leve, tendo recebido exatamente o que queria.
Por Juliana Varella
Atualizado em 28 Mai 2015.