O cinema de terror tem seus altos e baixos. Enquanto alguns filmes consagram-se como clássicos, não são poucos os que caem no esquecimento. Acontece que nos últimos tempos, um time de produtores, cineastas e roteiristas vêm juntando as suas forças para oferecer ao público o melhor do gênero. Depois de sucessos como "Atividade Paranormal", "Sobrenatural" e "A Entidade", a Blumhouse Productions prepara-se para mais um lançamento: "A Forca".
O burburinho em torno do filme começou nas redes sociais com a viralização do desafio "Charlie Charlie". Invocando os antigos jogos de espíritos, como a brincadeira do copo e os tabuleiros ouija, "Charlie Charlie" foi, na verdade, estratégia de divulgação do longa. Prestes a chegar aos cinemas, na próxima quinta, 23 de julho, "A Forca" já tem tudo para conquistar o público ávido por sustos. Mas não é só isso.
A história gira em torno do grupo de teatro de um colégio americano prestes a reencenar uma peça que, há 20 anos, matou acidentalmente o famigerado Charlie. Com a intenção de boicotar a estreia, três amigos resolvem invadir o teatro para destruir o cenário. Péssima ideia: é aí que eles descobrem que "algumas coisas do passado devem ser deixadas em paz".
Além da curiosidade do roteiro, que foge dos clássicos cenários do terror (casas mal assombradas, por exemplo), "A Forca", inicialmente, não mostra muito esforço. A filmagem é em found footage, habitual técnica com câmera na mão e aspecto amador; os sustos provêm do jump scare, aquele momento em que a imagem e o som são congelados, preparando o espectador para a eminência de um susto.
Mas é justamente em cima do clichê que "A Forca" encontra o seu êxito. De alguma forma, os diretores Travis Cluff e Chris Lofing conseguem usar o habitual a seu favor. A tão almejada tensão é mantida do começo ao fim e os sustos (muitas vezes previsíveis, qual o problema?) são capazes de nos fazer pular da cadeira. Não há dúvidas de que "A Forca" não tem força para se tornar um clássico. Porém o objetivo é alcançado: entreter os fãs dos gêneros com um filme que, mesmo que talvez esquecível, destaca-se dos demais.
Por Ricardo Archilha
Atualizado em 25 Jul 2015.