Quem diria: em pleno 2015, “Férias Frustradas” ainda é uma ótima comédia para ver com a família. A diferença é que, agora, não estamos mais falando daquele filme com Chevy Chase que você assistiu há mais de trinta anos (sim, sinto muito, já faz todo esse tempo), mas da sequência de mesmo nome que chega aos cinemas no dia 10 de setembro.
John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein, de “Quero Matar Meu Chefe”, assumem a direção e o roteiro do novo filme, com Ed Helms no papel principal. Ele é Rusty, o filho dos Griswold que cresceu e formou sua própria família, ao lado de Debbie (Christina Applegate) e dos filhos James (Skyler Gisondo) e Kevin (Steele Stebbins).
Tentando oferecer aos três um programa diferente para as férias, Rusty decide refazer a viagem que marcou sua infância: cruzar o país de carro rumo ao parque Walley World. É claro que ninguém além do próprio Rusty gosta da ideia, mas eles partem para a estrada mesmo assim.
Para começar, paremos um minuto para falar sobre o carro: ele é, provavelmente, a melhor piada de todo o filme, competindo apenas com a montagem de fotos na abertura. Com duas frentes, quatro retrovisores e muitos botões, além de um GPS memorável, essa é a primeira das muitas escolhas péssimas-mas-bem-intencionadas de Rusty ao longo da viagem.
É essa boa intenção por trás de cada erro que torna tudo tão engraçado, afinal, o público consegue se identificar com os personagens e torcer por eles enquanto ri de sua desgraça. Outro ponto positivo é que “Férias Frustradas” não se apoia num humor ofensivo, machista ou racista: seu instrumento é a ingenuidade dos personagens e o exagero das situações em que eles se envolvem. É um riso leve e sem culpa.
Há, sim, algumas piadas mais pesadas no meio do caminho, como um beijo grego ou uma participação mais do que especial de Chris Hemsworth, mas a abordagem é tão inocente que essas brincadeiras não chegam a ser impróprias (e as crianças, provavelmente, nem entenderão).
“Férias Frustradas”, como o próprio protagonista avisa, não tenta repetir o sucesso do filme original, mas se sustenta por si só, com um novo elenco (apesar da participação especial do antigo), novas situações e novos motivos para rir. O que se mantém é o espírito familiar: como nos anos 80, pais e filhos vão poder se sentar diante da tevê ou da tela do cinema e curtir algumas boas gargalhadas juntos.
Por Juliana Varella
Atualizado em 10 Set 2015.