Guia da Semana

O terceiro e, provavelmente, último episódio da franquia “Kung Fu Panda” chega aos cinemas no dia 3 de março, no que pode ser uma despedida um pouco amarga. Apesar de (quase) tão engraçado quanto seus precursores e visualmente inventivo, buscando referências nos quadrinhos e nos longas chineses de artes marciais, o filme não traz uma aventura muito convincente e repete alguns clichês que podem deixar o público adulto entediado.

A série sempre teve uma premissa muito boa: um panda gordinho e preguiçoso se torna um grande lutador de kung fu – uma arte marcial que exige leveza e agilidade. Para completar, seu “pai” é um ganso e seus companheiros são animais que representam os principais estilos (um tigre, um macaco, um louva-a-deus, uma serpente e uma garça). A piada, contudo, parece ter se estendido demais e, três filmes e uma série de TV depois, seria preciso um pouco mais de substância para manter o interesse.

O filme bem que se esforça, começando logo com uma série de surpresas: um antigo parceiro e inimigo de Oogway (a tartaruga anciã), chamado Kai, retorna dos mortos para roubar o Chi (a energia vital) de todos os grandes mestres; Shifu promove Po a mestre de kung fu, mesmo sabendo que ele será um desastre; e o pai de Po, Li Shan, aparece na aldeia em busca do filho - e ainda revela a existência de uma comunidade inteira de pandas.

Conversa vai, conversa vem, Li consegue convencer Po a ir com ele para a vila, prometendo treiná-lo na arte secreta do Chi, a única capaz de vencer Kai. O resto, você pode deduzir sozinho, já que o filme não procura soluções muito distantes do que o público já conhece. Pode esperar ouvir frases como “Já te perdi uma vez, não vou perder de novo” e mensagens como “você precisa ser você mesmo”.

Previsível e um pouco repetitivo (há um certo limite de piadas com pandas que se pode fazer), “Kung Fu Panda 3” lembra mais um longo episódio de televisão do que um filme para ser visto no cinema. É divertido, certamente, e você pode levar seus filhos sem pensar duas vezes. Mas não será o encerramento mais digno que a franquia poderia ter.

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Por Juliana Varella

Atualizado em 6 Mar 2016.