De clássicos, como "O Exorcista", a releituras contemporâneas, como "O Exorcismo de Emily Rose", possessões demoníacas é tema recorrente nos cinemas. A novidade da vez é "Exorcistas do Vaticano", nova produção assinada pelo diretor Mark Neveldine, dos sucessos "Gamer" e "Adrenalina". Com trama mais ou menos e sustos inexistentes, a única certeza que o filme passa é a de que o gênero, infelizmente, tem caído cada vez mais em seus clichês.
Vamos à história: após cortar o dedo acidentalmente, Angela Holmes começa a se comportar de forma estranha, causando acidentes e até a morte de outras pessoas. Internada em uma clínica psiquiátrica, a garota é examinada por um padre, que chega à conclusão de que ela está possuída. Mas quando um especialista em exorcismos é recrutado diretamente do Vaticano (?!), ele descobre uma força satânica mais ancestral e poderosa do que poderiam imaginar.
Para dar tom ao enredo e criar uma atmosfera de veracidade, Neveldine intercala as cenas com imagens "reais" de exorcismo - o mais próximo do assustador que o filme consegue chegar. E se no começo existe alguma esperança de originalidade, ela se perde em meio ao fraquíssimo elenco, personagens rasas e um desfecho (alerta spoiler) sem graça, pé e nem cabeça.
Navegando em meio ao mais do mesmo e algumas peculiaridades, "Exorcistas do Vaticano" não consegue sustentar o pouco de suas boas ideias. O resultado? Apenas mais uma cópia sem imaginação.
Por Ricardo Archilha
Atualizado em 20 Ago 2015.