Nos últimos anos o cinema nacional tem crescido e ganhado popularidade. Junto com ele, os diretores brasileiros também têm recebido mais atenção em Hollywood. Alguns, como Bruno Barreto e Carlos Saldanha, já estão no exterior há alguns anos. Outros, como José Padilha, ainda estão por fazer sua estreia.
Para Sérgio Rizzo, jornalista, o crescimento de diretos brasileiros em Hollywood é um fenômeno associado ao prestígio internacional de filmes brasileiros. “O sucesso de 'Dona Flor e Seus Dois Maridos' em 1976, por exemplo, valeu a Bruno Barreto uma carreira nos EUA”, diz ele.
Em 1990, Barreto estreou no cinema internacional com “Assassinato Sob Duas Bandeiras” (1990, EUA). O diretor dirigiu ainda outros quatro filmes nos Estados Unidos entre 1992 e 2003, mas com o fracasso do último deles, “Voando Alto” (2003, EUA), ele afirmou que iria se concentrar em trabalhos no Brasil.
Sucesso em Hollywood
Outros diretores, como Carlos Saldanha, que ficou conhecido pelas animações de “A Era do Gelo” (2002, EUA) e “Rio” (2011, EUA), da Blue Sky Studio, obtiveram mais sucesso em solo estrangeiro. O brasileiro trabalha na empresa desde 1995, mas só foi participar na direção de um filme em 2002, com o primeiro da série “A Era do Gelo”.
Outro exemplo é Walter Salles, que, com “Diários de Motocicleta” (2004, Argentina, EUA, Chila, Peru, Brazil, Reino Unido, Alemanha e França), sobre a história de Che Guevara, não só entrou para o cinema internacional com uma parceria entre diversos países latinos e europeus como alcançou notoriedade. Apenas um ano depois, em 2005, Salles lançou sua primeira produção hollywoodiana, “Água Negra” (2005, EUA).
Do Brasil para o Mundo
Já Fernando Meirelles, que ganhou notoriedade internacional com “Cidade de Deus” em 2002, estreou no cenário internacional em 2005 com “O Jardineiro Fiel”, uma parceria entre Alemanha e Reino Unido.
Outro diretor que ficou conhecido no Brasil e no mundo foi José Padilha com o sucesso dos filmes “Tropa de Elite” (2007, Brasil) e “Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora É Outro” (2010, Brasil). Ele estreia no próximo ano em Hollywood, com um remake de “RoboCop” (2014, EUA).
Rizzo lembra que isso não é exclusividade dos brasileiros. “Desde as suas origens, Hollywood importa talentos de dezenas de países. Brasileiros fazem parte desse pacote, sem nenhuma espécie de privilégio por serem brasileiros, ontem ou hoje”, explica o jornalista.
Por Cláudia Costa, Aluna Do 2o. Semestre Do Curso De Jornalismo Da ESPM
Atualizado em 3 Out 2013.