O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado no dia 20 de novembro desde os anos 70, mas ainda é motivo de confusão entre muitos brasileiros. O feriado só entrou para o calendário escolar em 2003 e, desde então, centenas de cidades aderiram à data – mas nem todas a reconhecem como feriado e, em alguns casos, o comércio é facultativo. Seja qual for a escolha da sua cidade, o importante é separar uns minutinhos para pensar no tema do dia: a igualdade racial.
+ Confira os filmes em cartaz nos cinemas
+ Relembre 10 filmes inesquecíveis com professores
+ Conheça 7 filmes para entender a História do Brasil
Para ajudar você nessa tarefa, o Guia da Semana selecionou 10 filmes que refletema evolução dos direitos dos negros no mundo. Confira:
O Mordomo da Casa Branca (2013)
Cecil (Forest Whitaker) nasceu numa fazenda de algodão, viu seu pai ser morto e sua mãe enlouquecer e foi promovido a escravo “da casa” antes de fugir para tentar a vida na cidade, sempre servindo homens brancos com a consciência de que deveria agir como se fosse invisível. Quando recebe a proposta para trabalhar na Casa Branca, sua vida dá um salto, mas a servidão continua sendo a mesma. O mordomo acompanha oito presidentes americanos diferentes durante mais de 30 anos enquanto, em sua casa, a luta pelos direitos dos negros explode na pele do filho mais velho, um revolucionário.
Django Livre (2012)
Depois de revirar a história do nazismo em “Bastardos Inglórios”, Quentin Tarantino mergulhou na escravidão americana e saiu dali com uma proposta igualmente provocativa: a de um escravo que é comprado e liberto por um branco, para se tornar seu parceiro na caça pela cabeça de donos de escravos (e de quaisquer outros homens que valham uma boa recompensa). Django (Jamie Foxx) ainda toma para si a missão de libertar a esposa do mais cruel dos fazendeiros, fazendo-se passar por um olheiro de escravos lutadores.
Histórias Cruzadas (2011)
Apesar de abordar uma situação tipicamente norte-americana (a segregação radical nos anos 60), “Histórias Cruzadas” dialoga de perto com questões raciais que também incomodam os brasileiros. O filme acompanha uma jornalista (branca) numa pesquisa pela realidade das empregadas domésticas (negras), colhendo depoimentos que revelam a relação de amor e ódio entre elas e suas patroas e, especialmente, entre elas e as crianças brancas.
Invictus (2009)
Dirigido por Clint Eastwood, “Invictus” mostra uma estratégia ousada de Nelson Mandela para promover a união entre brancos e negros na África do Sul em prol de um sentimento nacionalista, pouco após o Apartheid. Mandela (Morgan Freeman) se alia ao treinador (Matt Damon) do time de rugby, apoiando-o para que vença a Copa do Mundo e seja reconhecido pelo povo como um time genuinamente sul-africano, apesar de formado por jogadores brancos.
Duelo de Titãs (2000)
Denzel Washington vive um treinador de futebol americano contratado por uma escola tradicionalmente segregacionista nos anos 70. Para ser aceito pelos alunos e pela escola, ele precisa do apoio do antigo professor, branco, e não pode perder nenhum jogo ou será demitido. Ao reunir brancos e negros na quadra, o desafio se torna ainda maior – é preciso fazer os atletas se concentrarem no esporte para esquecerem suas diferenças.
Amistad (1997)
Com direção de Steven Spielberg, “Amistad” reconta um episódio de 1839, quando um navio espanhol sofreu uma rebelião e foi tomado por seus escravos africanos. Sem saber navegar, os rebeldes mantêm dois reféns no comando e acabam presos em terras americanas. O que se segue é uma discussão diplomática sobre a legalidade da escravidão e o direito de posse sobre aqueles homens.
Malcolm X (1992)
Dirigido por Spike Lee, o filme conta a história de Malcolm Little (Denzel Washington) desde a infância. Malcolm teve seu pai morto pela Ku Klux Klan e se tornou um dos ativistas mais importantes da história dos direitos negros nos EUA, apoiado na religião islâmica.
A Cor Púrpura (1985)
Se ser negro na primeira metade do século XX foi sinônimo de servidão, ser uma mulher negra foi ainda mais difícil. Em “A Cor Púrpura”, Whoopi Goldberg interpreta Celie, uma jovem condenada a se casar com um homem violento e autoritário no sul dos EUA. Refugiando-se nas cartas que escreve para a irmã e nos conselhos de Sofia (Oprah Winfrey), Celie suporta a situação até o limite, quando é preciso assumir o controle de sua vida ou desistir dela.
Adivinhe Quem Vem para o Jantar (1967)
Símbolo das conquistas raciais nos EUA, o ator Sidney Poitier foi o primeiro afro-descendente a vencer um Oscar, em 1964. Três anos depois, ele protagonizou “Adivinhe Quem Vem para o Jantar”: no filme, ele é um médico que vai se casar com uma mulher branca (Katherine Hepburn), mas antes precisa vencer o preconceito dos pais dela.
O Nascimento de uma Nação (1915)
Um dos maiores clássicos do cinema americano, “O Nascimento de Uma Nação” é também um dos filmes mais polêmicos até hoje em relação às questões raciais. Lançado em 1915 por David Griffith, o longa de três horas mostra as disputas entre o norte abolicionista e o sul escravista que levariam à Guerra da Secessão e à reconstrução do país. Favorável aos escravistas, o diretor retrata os personagens negros (interpretados por homens brancos pintados) como irracionais e mal educados, além de exibir o grupo racista Ku Klux Klan como uma facção heróica.
Atualizado em 13 Nov 2014.