A cada filme que estrela, Meryl Streep já escolhe um novo modelito superelegante para desfilar na cerimônia seguinte do Oscar. É claro que não acontece exatamente assim, mas a realidade é que a atriz tem lugar cativo na maior premiação do cinema hollywoodiano. E em 2012 não foi diferente.
Desde 1979, quando concorreu na categoria melhor atriz coadjuvante por O Franco Atirador, Meryl já recebeu 17 indicações ao prêmio – incluindo a mais recente, o longa A Dama de Ferro.
Interpretando Margaret Thatcher e dona de uma excelente atuação, a Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood não pensou duas vezes e premiou a diva do cinema com sua terceira estatueta.
Aos 62 anos e com mais de 50 filmes no currículo, a atriz é a recordista, entre homens e mulheres, de indicações ao Oscar. Mas, apesar de ser favorita em várias edições, só havia levado duas estatuetas para casa - em 1980, por Kramer vs. Kramer, e em 1983, por A Escolha de Sofia.
Caminho do sucesso
Norte-americana, Mary Louise Streep estreou na sétima arte em 1977, no filme Julia, de Fred Zinnemann. Ao longo da carreira, foi responsável por personagens como a carrasca Miranda Priestly, de O Diabo Veste Prada, a destemida Donna Sheridan, de Mamma Mia!, a divertida Jane, de Simplesmente Complicado, além de levar às telonas histórias da vida real, como aconteceu em O Retrato de uma Coragem (1983), Entre Dois Amores (1985), Um Grito no Escuro (1988), Música do Coração (1999) e Julie & Julia (2009).
Meryl Streep ao lado de Jim Broadbent e Phyllida Lloyd no Festival de Berlin 2012
Recentemente, Meryl Streep foi cotada para viver a escritora Clarice Lispector, mas não há confirmações de que fará realmente a autora ucraniana nas telonas.
Por todos esses papeis interpretados, e rumores, ao longo dos 35 anos de carreira, Meryl Streep recebeu, no Festival de Berlin 2012, o Urso de Ouro pelo conjunto da carreira.
O Guia da Semana preparou um roteiro de filmes que renderam a Meryl Streep indicações e estatuetas do Oscar.
O Franco Atirador (1978)
Vencedora do Oscar de melhor filme, em 1979, a produção rendeu a Meryl Streep a primeira indicação da carreira na categoria atriz coadjuvante.
Kramer vs. Kramer (1979)
A primeira estatueta (atriz coadjuvante) veio em 1980 pela atuação no longa assinado por Robert Benton, no qual contracenou com Dustin Hoffman.
A Mulher do Tenente Francês (1981)
Aclamado por público e crítica, o romance assinado por Karel Reisz rendeu a Meryl Streep a primeira indicação pelo papel de protagonista no 54º Oscar.
A Escolha de Sofia (1982)
No Oscar de 1983, Meryl ganhou o primeiro prêmio de melhor atriz ao interpretar uma polonesa ex-prisioneira de um campo de concentração.
Silkwood - O Retrato de uma Coragem (1983)
Em seu primeiro papel baseado numa personagem real a atriz interpretou Karen Silkwood, condenada por denunciar uma fábrica de peças para usina atômica, e recebeu a indicação ao 56º Oscar.
Entre Dois Amores (1985)
Mais uma vez interpretando uma história real, no papel de uma rica dinamarquesa que vai morar no Quênia após se casar, Meryl recebeu a sexta indicação ao prêmio.
Ironweed (1987)
Dirigida por Hector Babenco e contracenando com Jack Nicholson, a atriz foi indicada à 60ª edição do prêmio por dar vida a uma alcoólatra com o desafio de sobreviver ao próprio passado.
Um Grito no Escuro (1988)
Sua oitava indicação se deve ao papel baseado na adaptação da história de intolerância que abalou a justiça australiana. A atriz não levou o Oscar, mas ganhou a Palma de Ouro em Cannes.
Lembranças de Hollywood (1990)
A indicação ao 62º Oscar veio com a interpretação de uma cantora country, alcoólatra e viciada em drogas, ex-estrela da música, que volta para a casa da mãe para tentar se curar.
As Pontes de Madison (1995)
Clint Eastwood contracena e dirige Meryl Streep no longa que rendeu a décima indicação à atriz. A história traz a paixão arrebatadora entre uma proprietária rural e um fotógrafo.
Um Amor Verdadeiro (1998)
Mais um drama rendeu a indicação de Meryl Streep ao Oscar. Dessa vez, a narrativa apresenta os emocionantes últimos meses da vida de uma mulher com câncer em fase terminal.
Música do Coração (1999)
Mais um personagem da vida real rendeu à atriz a indicação ao prêmio em 2000. Para interpretar a professora de violino, ela aprendeu a tocar o instrumento em apenas oito semanas de aula.
Adaptação (2002)
No Oscar de 2003, Meryl Streep voltou a concorrer na categoria de melhor atriz coadjuvante, mas perdeu para Catherine Zeta-Jones, que concorria pelo musical Chicago.
O Diabo Veste Prada (2006)
A inesquecível carrasca Miranda Priestly também rendeu uma indicação ao Oscar em 2007. Apesar do sucesso do longa e da boa atuação, quem levou foi Helen Mirren, pelo filme A Rainha.
Dúvida (2008)
Em 2009, perdeu o prêmio para Kate Winslet (O Leitor), apesar do ótimo trabalho apresentado na adaptação cinematográfica da peça que rendeu o Pulitzer ao dramaturgo John Patrick Shanley.
Julie & Julia (2009)
No papel de Julia Child, a primeira americana a cursar uma renomada escola de gastronomia francesa. A atriz perdeu a estatueta para Sandra Bullock (Um Sonho Possível).
A Dama de Ferro (2011)
No papel de Margaret Thatcher, Streep concorre com Glen Cloose (Albert Nobs), Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn), Viola Davis (Histórias Cruzadas), Rooney Mara (Millennium).
Confira o trailer da mais nova produção com Meryl Streep:
Por Mariana Viola
Atualizado em 10 Abr 2012.