Na primeira sexta-feira de julho, Meu Malvado Favorito 2 chega aos cinemas para marcar o início das férias. Com a expectativa elevada depois do primeiro filme, é um alívio saber que os produtores ouviram o público e garantiram mais espaço aos Minions - que fizeram tanto sucesso em 2010 que vão ganhar um longa-metragem próprio em 2014. Diferente de Universidade Monstros, Meu Malvado Favorito 2 vai agradar principalmente às crianças mais novas, mas poderá soar previsível aos adultos.

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O desengonçado Gru – vilão implacável no primeiro filme, que teve o coração amolecido por três órfãs “seqüestradas” por ele – está de volta, com seu sotaque indefinido e sua aversão a relações humanas. Neste caso, seu problema são as mulheres. Como o leitor já deve ter adivinhado, o rabugento finalmente ganhará seu par: Lucy, uma espiã da Liga Anti-Vilões que o recruta para um novo trabalho.

A Liga, logo descobrimos, está investigando uma droga capaz de transformar seres fofinhos em perigosos predadores, e que foi roubada por algum vilão escondido no shopping da cidade. Para desmascará-lo, Gru deverá se infiltrar numa loja de cupcakes e espionar seus vizinhos: um chinês vendedor de perucas, uma senhorinha aparentemente inofensiva e um mexicano, dono de um restaurante típico e pai de um jovem “Don Juan”.

Enquanto o primeiro filme apresentou a evolução do personagem e culminou numa escolha simbólica que determinaria seu futuro, este se apoia nas imagens meigas ou engraçadas (normalmente com os Minions), na tentativa de desviar o foco de uma trama comum de espionagem, parceria e confronto entre herói e vilão, que lembra um grande episódio de televisão.

As pequenas Margô, Edith e Agnes (em especial Margô) brilham na primeira parte do filme, mas se apagam à medida que o vilão vai sendo revelado e a relação entre Lucy e Gru evolui – uma pena, já que as três, ao lado dos arredondados ajudantes, são os personagens mais promissores da série.