O Grande Gatsby, adaptação do romance de Scott Fitzgerald por Baz Luhrmann (Moulin Rouge e Austrália), abrirá o Festival de Cannes na noite desta quarta-feira sem o mistério tradicional do evento. O filme estreou nos Estados Unidos no último final de semana, atraindo uma legião de críticos que, mesmo sob embargo oficial contra publicações fora do país, divulgaram suas opiniões em jornais de todo o mundo. Apesar das críticas carregadas, a estreia arrecadou $ 51 mi, atrás apenas do Homem de Ferro 3, com $ 72 mi.
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“Pode haver filmes piores nesta temporada, mas nenhum será tão decepcionante quanto O Grande Gatsby”, desabafou o jornalista Pete Travers, da Rolling Stone americana. Já Peter Bradshaw, do inglês The Guardian, foi mais duro: “sinto que a única forma de fazer esse filme ser menos sutil seria deixando que Michael Bay o dirigisse”, referindo-se ao diretor de Transformers. Sutileza também foi o que faltou na opinião de Baz Bamigboye, do Daily Mail. Para ele, o espetáculo é bonito e impressionante, mas tantas luzes “chegam a lembrar uma árvore de Natal”.
Pouco incomodado com os ataques, Luhrmann retrucou que “até Scott Fitzgerald foi chamado de palhaço nos seus dias” e disse que espera que as bilheterias fiquem a seu favor. Para Steven Spielberg, presidente do júri do Festival de Cannes, o vencedor desta edição deverá ser um filme capaz de resistir ao tempo, “um filme que será lembrado daqui a 10, 20, 30 anos”. Como foram os seus e como, provavelmente, não será O Grande Gatsby.
Por Juliana Varella
Atualizado em 15 Mai 2013.