Se você levar em conta que, após o final de O Retorno de Jedi, os fãs de Star Wars tiveram que esperar 16 anos até verem um novo filme da franquia, os nove anos que separaram o Retorno do Rei de O Hobbit pode parecer pouco tempo. Não que a angústia tenha sido menor.
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Primeiro teve uma troca de diretores: Guillermo del Toro abandonou o projeto e coube a Peter Jackson assumir a direção do filme. Depois vieram as primeiras críticas negativas quanto ao uso da nova tecnologia 48fps. E, para terminar, o anúncio de que de dois filmes, a história se tornaria uma trilogia. Após muito drama, O Hobbit finalmente chegou aos cinemas.
Mas ao contrário do Episódio 1 de Star Wars, o Hobbit: Uma Jornada Inesperada (que também é um epílogo) promete agradar aos fãs da Terra Média. O Guia da Semana assistiu o longa e te conta um pouco mais sobre ele.
Tipo Senhor dos Anéis, só que mais divertido
Para começo de história, se você não viu nenhum filme do Senhor dos Anéis não precisa ter medo de ver o Hobbit: Uma Jornada Inesperada e não entender nada. A trama conta a história que aconteceu com Bilbo Bolseiro, o tio de Frodo, antes de entregar o Um Anel como herança para seu sobrinho. Mesmo assim, há espaço para algumas participações de personagens famosos da primeira trilogia.
Agora, se nas aventuras da Sociedade do Anel o mundo estava em ruínas, aqui o clima é mais descontraído e divertido. Destaque para os treze anões e suas trapalhadas, que seguem a mesma linha do livro de Tolkien. Mesmo assim, não é um filme infantil, com espaço para muitas cenas de ação.
Peter Jackson de volta a Terra Média
Todo o clima ao redor da Terra Média está de volta, como se o Senhor dos Anéis tivesse estreado nos cinemas ontem. Mérito da fotografia incrível do longa, da trilha sonora marcante de Howard Shore e do apreço de Peter Jackson pela história de Tolkien.
Existem algumas modificações da história original que prometem gerar algumas polêmicas, mas, assim como aconteceu em Senhor dos Anéis, a maioria delas é mais para o bem do que para o mal. O roteiro também conta com muitos trechos adaptados do livro Silmarillion, que complementam a história original de O Hobbit.
O único defeito da direção de Peter Jackson é a já tradicional longa duração de seus filmes. O Hobbit tem 2h40m de duração, e, como acontece em King Kong e Retorno do Rei, o ritmo cai um pouco as vezes. Mas nada que atrapalhe na nota final do filme.
A fantasia de volta ao cinema
As fábulas e filmes de fantasia têm perdido cada vez mais espaço nos cinemas para filmes mais realistas, modernos e urbanos. Até mesmo o super-heróis passam por essa mudança, como o Batman, de Christopher Nolan, e o Homem-Aranha mais recente. Já em O Hobbit tudo é mágico e sem explicação.
Existem anões, magos, elfos, e vários tipos de criaturas fantasiosas correndo por todos os lados. Então, se você não gosta desse tipo de filme, passe longe do cinema. Mas se você é um fã do gênero de fantasia ou já rolou um dado numa partida de RPG na vida, esse filme foi feito especialmente para você.
Por Edson Castro
Atualizado em 12 Dez 2012.