Um cinema ao ar livre, com uma super tela de 325 m² instalada em meio ao trânsito e às construções da cidade de São Paulo. Na programação, uma seleção de produções que mesclam clássicos, como O Poderoso Chefão, pré-estreias aguardadas da sétima arte, como Sete Dias com Marilyn, e filmes que já fazem sucesso nos cinemas, a exemplo de As Aventuras de Tintim. Este é o Vivo Open Air, evento que comemora uma década de sucesso com a edição paulista, que acontece até 6 de maio, no Jockey Club.

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O único ponto negativo (não tão negativo assim) do evento é o risco que o público corre de desviar a atenção do filme e, de repente, se pegar olhando para a paisagem dos altos prédios e da movimentação da Marginal Pinheiros - uma bela vista não muito comum da capital paulista.

A aparição da tela, que tem uma altura equivalente a um prédio de quatro andares, é uma ótima surpresa ao espectador, já que ela "cresce e aparece" apenas alguns minutos antes da exibição do filme, com direito a efeitos visuais e trilha sonora inspirada em clássicos do cinema. A pipoca é garantida, já que cada ingresso dá direito a um pacote.

E o sucesso é comprovado pelos ingressos, que se esgotaram (foram colocados 1800 à venda) nesse sábado, 21 de abril, quando o Guia da Semana acompanhou a sessão do filme Sete Dias com Marilyn, indicado ao Oscar 2012 na categoria melhor atriz, pela atuação de Michelle Williams. A produção, baseada no livro de Collin Clark, apresenta uma intimidade incomum da musa Marilyn Monroe, quando ela se envolveu com o autor do livro, durante uma viagem a Londres na década de 1950.

Com estreia nacional marcada para o próximo dia 27, o longa não chegou a emocionar o público, apesar da atuação convincente de Michelle Williams. Mesmo sem possuir grande semelhança com Marilyn, a atriz conseguiu levar para a produção a essência da musa: uma mulher de 30 anos, temperamental e insegura, mesmo sendo a grande estrela da época e desejada por todos os homens. Resumindo: um filme morno, bom para passar o tempo.

Após os tímidos aplausos ao fim dos 99 minutos de filme, teve início a festa Trabalho Sujo, com os DJs Alexandre Matias, Flávia Durante, Luiz Pattoli e as SRY Giuliana Viscardi e Renata Chebel.

O público do evento é bastante variado, já que muita gente vem para ver o filme, ou para curtir a balada, ou para os dois programas. É uma mescla de crianças com seus pais jogando videogame ou se divertindo nas mesas de pebolins eletrônicos, jovens dançando, adultos e idosos ansiosos pelo início do filme.

O Vivo Open Air é, afinal, um ótimo programa para curtir com a família, com amigos ou a dois. É a oportunidade de assistir a um filme num cenário bem diferente da convencional sala de cinema e ainda pegar uma baladinha em seguida, por um preço justo, R$ 40. O clima é gostoso, as pessoas que frequentam o evento são bonitas e os funcionários bastante simpáticos. Vale o ingresso.