Pense num filme fofo. Agora dobre a dose de fofura, acrescente glitter, unicórnios, arco-íris e muita, mas muita música pop – daquelas que tocam na rádio e todo mundo ama. Parece uma overdose de felicidade, não? Pois é exatamente essa a intenção da nova animação da Dreamworks, “Trolls”, que estreia nos cinemas no dia 27 de outubro e vai arrancar um sorriso do seu rosto (até naquele dia mais mal-humorado).

“Trolls” é inspirado nos bonecos de cabelos coloridos que foram sucesso nos anos 60 e 90, e conta a história de uma comunidade de trolls insuportavelmente felizes, que são perseguidos por uma raça muito maior e infeliz chamada “bergen”. Os bergens acreditam que comer aquelas criaturinhas é a única forma de conhecer a felicidade e até instituíram um feriado anual para o banquete.

Apesar da ameaça iminente, a princesa Poppy conduz os trolls com ingenuidade, organizando festas tão escandalosas que, um dia, uma bergen descobre o esconderijo do grupo. Quando isso acontece, Poppy vai buscar a ajuda do único troll rabugento e cinza, um jovem chamado Tronco que passou sua vida se preparando para o pior.

O filme tem consciência dos próprios excessos e é isso que o torna tão divertido: seus criadores sabem o quão ridículas são as colagens de Poppy ou os ataques de purpurina de Guy Diamante (dublado, no Brasil, por Hugo Gloss), e as reações de Tronco acabam sendo a tradução dos nossos sentimentos diante de tudo aquilo.

Além de engraçado, “Trolls” surpreende pela qualidade da animação e do design dos personagens. Como se buscasse inspiração no stop-motion “Os Boxtrolls”, do estúdio Laika, a Dreamworks consegue dar às criaturas e aos ambientes diferentes texturas, todas palpáveis e macias como bonecos de verdade.

Na versão original, “Trolls” tem as vozes de Justin Timberlake (Tronco), Anna Kendrick (Poppy), Zooey Deschanel, Gwen Stefani, James Corden e Quvenzhané Wallis.