Mais uma vez, a Pixar provou que o público-alvo de suas animações não se limita às crianças. Depois de lançar a tendência com Os Incríveis, em 2004, e reforçar o gênero com Ratatouille, Up! Altas Aventuras e Toy Story 3, o estúdio lança Universidade Monstros: um filme animado com todas as desventuras de um produto infantil, mas que invoca uma nostalgia sempre sedutora para o público maduro.
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Universidade Monstros é o primeiro longa-metragem do diretor Dan Scanlon, que entrou para o estúdio no mesmo ano em que Monstros S. A., seu antecessor, foi lançado nos cinemas - 2001. De lá para cá, muita coisa mudou: a tecnologia permitiu gráficos mais perfeitos, as sequências (ou prólogos, como esse) se tornaram mais populares, a Pixar cresceu e passou a competir em pé de igualdade com a Walt Disney Studios. Tudo isso criou uma expectativa enorme em torno do novo lançamento.
O resultado, felizmente, é um filme bem equilibrado e divertido como se espera da marca. Somos levados de volta ao mundo dos monstros – aquele, que usa como energia os gritos de criancinhas inocentes, visitadas à noite por uma equipe super-treinada de “assustadores”. Mike Wazolski, a bolinha verde que conhecemos em Monstros S. A., é uma criança pequena e ignorada por seus colegas, que sonha em ser um assustador. Estudioso, ele consegue a aprovação para entrar na Universidade Monstros e se inscreve imediatamente para o Programa de Sustos.
Os problemas começam quando a diretora, uma mistura demoníaca de dragão e centopeia, decide fiscalizar pessoalmente o desempenho da nova turma, ficando de olho especialmente nos dois alunos mais competitivos: Mike Wazolski e James Sullivan – o Sulley do filme anterior, descendente de uma grande família de assustadores.
Se, para os pequenos, a graça estará em identificar cada tipo de monstro e torcer por uma ou outra equipe no campeonato das fraternidades, para os adultos o charme está na sátira a outros filmes escolares americanos - de Carrie, A Estranha a American Pie, tudo muito mais ingênuo e colorido, emoldurando uma memória gostosa dos nossos próprios tempos de estudantes: sempre competindo, sempre em dúvida quanto à escolha profissional, sempre tentando não decepcionar a família e os amigos. Mas, no final, é claro que tudo dá certo. Por isso adoramos animações infantis.
Por Juliana Varella
Atualizado em 2 Ago 2017.