Elas dominam o cenário do jazz. Rostos delicados e vozes suaves marcam o estilo, considerado um dos mais difíceis de ser tocado. Atualmente, um dos nomes que faz sucesso é Diana Krall, que lançou este ano o disco Quiet Nights, gravado no Brasil. A loira canadense é também pianista e começou sua carreira em 1993, quando lançou o álbum Stepping Out, com John Clayton e Jeff Hamilton. Daí para frente, foram mais 11 trabalhos e três DVDs ao vivo.
O lançamento da cantora também como compositora aconteceu em 2004, com o disco The Girl In The Other Room, que não demorou muito para chegar ao Top 5 britânico. Outro álbum marcante foi From This Moment On, de 2006, onde grandes nomes do jazz ganharam vida em sua voz, incluindo na lista Irving Berlin, Richard Rodgers e Cole Porter, entre outros. Todo o talento de Diana foi descoberto por Ray Brown, fazendo dela uma das mais respeitadas do estilo.
Seguindo adiante, Norah Jones é outra que não poderia faltar quando o assunto é jazz atual. A cantora lançou neste segundo semestre o disco The Fall, que só veio a firmar o sucesso já adquirido anteriormente com suas 25 milhões de cópias vendidas do álbum Come Away With Me (2002), entre 2004 e 2005.
A cantora, que anunciou sua turnê em 2010 pelos Estados Unidos, teve ainda remixes especiais para suas novas músicas. Chasing Pirates, que é o primeiro single do disco e já tem clipe, ganhou duas novas versões: uma com Santigold & Snotty e outra com Droogs. Nascida no Brooklyn, Norah produziu seu primeiro trabalho em 2001, intitulado First Sessions, gravando mais cinco discos depois. Entre os vídeos de grande sucesso da cantora, pianista e compositora está Don't Know Why, de 2002.
Outro nome é Ingrid Jensen, certo quando o assunto é jazz. Depois de ter tocado nos metrôs de Nova Iorque, a carreira de Ingrid se consolidou ao ponto de seus três discos pela ENJA e seu último álbum, At Sea, terem rendido indicações ao prêmio Canadian Juno Awards, incluindo um troféu em 1995, por Vernal Fields - primeiro trabalho lançado.
Foto: Divulgação/Dani Gurgel
Pela Orquestra Maria Schneider, onde se tornou uma das principais solistas, ela gravou Sky Blue, em 2007. Na orquestra, a cantora acabou misturando às suas músicas alguns ritmos brasileiros e flamenco. A canadense é também trompetista e sua irmã, que é saxofonista, eventualmente participa de seus shows.
Continuando a lista, está a própria Maria Schneider, que começou sua carreira nos anos 80, quando colaborou na trilha do filme A Cor do Dinheiro e até na turnê de Gil Evans com Sting (The Police), em 1987. A carreira solo começou em 1993 e seus primeiros discos foram Evanescense e Coming About.
A americana tem seis discos lançados, sendo o último de 2007, o mesmo Sky Blue. Nesse caminho, ela acumulou indicações a Grammy's e nomeações nas principais revistas de jazz, além de permanecer nos rankings da Billboard, entre outras façanhas.
Melody Gardot, que já tem a agenda cheia para 2010, é um pouco mais nova que Maria, mas também tem seu espaço. Ela começou a carreira aos 19 anos e seu primeiro disco é Some Lessons: The Bedroon Sessions, de 2005. A partir daí, foram mais três trabalhos, incluindo My One and Only Thrill, lançado este ano.
A trajetória musical da cantora foi, na verdade, iniciada por um acidente. Ela voltava da faculdade, quando foi atropelada e sofreu perda de capacidade cognitiva. A receita médica para desenvolver seu cérebro foi estudar música, resultando nas composições do début.
Para finalizar a lista, Esperanza Spaulding, com seus dois discos lançados - Junjo, de 2005, e Esperanza, de 2008. Ela toca contrabaixo, canta e compõe, tudo em três línguas (inglês, espanhol e português), com apenas 25 anos de idade. Com tudo isso, foi considerada, pela revista Downbeat, a mais importante de jazz nos Estados Unidos, como uma das revelações do ano passado.
Atualizado em 10 Abr 2012.