Guia da Semana

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O quebra-cabeça pode ser um importante e divertido aliado para desenvolvermos as habilidades de nossos filhos. Na realidade, foi com objetivos meramente educacionais que esse brinquedo foi inventado, em 1760, na Inglaterra.

Feito de madeira, o primeiro quebra-cabeça foi criado pelo inglês John Spilsbury e continha o desenho do mapa da Inglaterra. A ideia de Spilsbury era criar um material didático extra para as aulas de geografia, uma espécie de Atlas interativo.

O que o inventor do quebra-cabeça não imaginava é que sua invenção ensinaria muito
mais do que geografia para as crianças.

Diversos estudos comprovam que esse brinquedo é um importante aliado no desenvolvimento físico, psicomotor e neurológico, além de desenvolver a noção espacial, a percepção visual e a capacidade de concentração.

Vamos entender melhor como um simples brinquedinho de montar pode fazer tudo isso.

Em primeiro lugar, quando uma criança começa a brincar com um quebra-cabeça ela se vê diante de um desafio: ordenar todas aquelas peças. Assim, essa brincadeira desenvolve a autoconfiança na resolução de problemas, além de ensinar a lidar com situações frustrantes, que ocorrem quando a criança tenta encaixar uma peça e a peça não encaixa.

Para encaixar as peças, são necessárias habilidades motoras e firmeza nas mãos. Assim, o quebra-cabeça auxilia no desenvolvimento das habilidades motoras refinadas, que serão fundamentais no processo de alfabetização, por exemplo.

E ainda tem mais: quando tentamos encaixar as peças, realizamos uma ação conjunta da mão com os olhos, com ambos tendo que trabalhar de maneira coordenada. Isso sem falar que, quando o quebra-cabeça é montado por mais de uma pessoa (quando os pais montam o quebra-cabeça com os filhos, por exemplo) ele é um ótimo instrumento de sociabilização, ensinando a criança a trabalhar em equipe e a cooperar com o próximo.

Consciente dos benefícios do quebra-cabeça, o professor Toru Kumon, fundador do método Kumon, sempre estimulou os pais para trabalharem o quebra-cabeça com os filhos. Para ele, até os bebês já podem começar a montar quebra-cabeças. O ideal é que se inicie com joguinhos de encaixe, os de espuma e com poucas peças. À medida que a criança vai dominando os mais simples, pode-se começar, gradativamente, a introduzir alguns um pouco mais complexos, sempre cuidando para que eles não sejam difíceis demais.

E sabe o que é o melhor de tudo isso? Para a criança, o quebra-cabeça é apenas uma brincadeira divertida. E é maravilhoso que elas possam se desenvolver tanto de maneira tão prazerosa!

Leia as colunas anteriores de Lívia Lombardo:


Infância e Literatura

A importância de contar histórias

Quem é a colunista: Lívia Lombardo tem 24 anos, é graduada em Letras e Jornalismo e trabalha no Kumon Instituto de Educação.

O que faz: Elabora o material didático de Língua Portuguesa que é utilizado nas unidades do Kumon de todo o Brasil.

Pecado gastronômico: coxinha.

Melhor lugar do mundo: qualquer praia!

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 1 Dez 2011.