Ney Matogrosso: um dos maiores artistas do Brasil

Ney Matogrosso é um dos artistas mais importantes da música brasileira. Pra se ter uma ideia, foi considerado pela revista norte-americana Rolling Stone como o 3º maior cantor do Brasil e o 31º maior artista brasileiro de todos os tempos. Uma entidade, praticamente.

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Também pudera: sua trajetória conta com episódios que quebraram barreiras culturais, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Ney desconstruiu paradigmas com suas composições e, principalmente, com seus figurinos e performances exuberantes apresentados nos palcos mundo afora.

Durante a década de 90 e nos anos 2000's, Ney gravou mais de quinze discos - dentre inéditas, regravações e ao vivo. Em 2003, lançou um álbum de releituras das músicas de Cartola e, em 2004, gravou um disco em parceria com Pedro Luís e a Parede, migrando do tradicional ao contemporâneo com muita dignidade.

Com mais de 40 anos de carreira, Ney continua na ativa e lotando casas de show por onde passa. São apresentações de encher os olhos, ouvidos e alma. Seu talento é incontestável.

Atualmente, o artista está em turnê com o show "Atento aos Sinais", que retorna aos palcos do HSBC Brasil neste final de semana, na sexta (02.08), sábado (03.08) e domingo (04.08).

O cantor com míseros dezessete anos (Reprodução)

Juventude

Ney Matogrosso (originalmente, Ney de Souza Pereira) nasceu em 1° de agosto de 1941, na cidade matogrossense de Bela Vista, fronteira do Brasil com o Paraguai. Durante a infância e a juventude, desbravou o Brasil e morou em diversas cidades, tais como Campo Grande, Salvador, Recife, Brasília e Rio de Janeiro.

Como vocalista dos Secos & Molhados em show de 1973 (Reprodução)

Secos & Molhados

Depois de se mudar para São Paulo, Ney conheceu João Ricardo, filho do poeta português João Apolinário, que buscava um cantor de voz aguda para seu projeto musical. Finalmente, em 1972, Ney (que já era Matogrosso) estreou nos palcos como vocalista do Secos & Molhados.

Capa do disco "Água do Céu Pássaro", primeiro trabalho solo do cantor (Reprodução)

Carreira Solo

Depois de chegar ao topo do sucesso no Brasil e América Latina, o Secos & Molhados lançou seu segundo disco em 1974 e, logo em seguida, foi anunciado o fim da banda. Ney, que não é bobo nem nada, continuou na ativa e, em 1975, estreou o mega-espetáculo "Água do Céu Pássaro", baseado no disco homônimo lançado no mesmo ano, primeiro de sua carreira solo.

Ney no espetáculo Destino de Aventureiro, de 1984 (Reprodução)

Nos Palcos

Depois de 1975, Ney nunca mais parou de produzir: lançou os discos Bandido (1976), Pecado (1977) e Feitiço (1978). Na década de 80, realizou 6 espetáculos diferentes, foi acompanhado ao vivo por nomes de peso como Caetano Veloso, Gal Costa e Dori Caymmi, e chegou a gravar junto com o mestre argentino Astor Piazzolla.

Ney e Cazuza em 1986 (Reprodução)

Romance

Foi também na década de 80 que Ney e Cazuza viveram um intenso romance nos bastidores da rotina artisticamente desvairada de ambos. Segundo o matogrossense, Cazuza foi um dos grandes amores de sua vida.