Se nos holofotes do Lollapalooza o grande nome era o de Dave Grohl e o Foo Fighters, por trás das cortinas quem brilhava era Perry Farrell. O organizador do evento há 20 anos é responsável por todas edições até hoje, apesar do tato não seja seu grande forte.

O cantor se envolveu em uma polêmica logo no anúncio do festival ao replicar um comentário do Lobão e pedir que o músico fosse gravar um bom CD e fazer sucesso, para poder se tornar um headliner de um show. Mas a pergunta veio: Será que o Jane's Addiction tem todo esse cacife para ser um dos headliners do festival brasileiro?

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Apesar de ser o time do dono da bola, a banda de Farrel subiu para sua apresentação para um público bem abaixo da média para o dia. Boa parte das 60 mil pessoas presentes no domingo estavam esperando a apresentação do Arctic Monkeys ou o show do Racionais. Para começar "Underground", emendada em "Mountain song" e "Just because".

No palco, Perry Farrel mostrou muita energia no auge dos seus 52 anos. Corre de um lado para o outro a todo instante, dança, sabe quando parar para os fotógrafos ou quando se aquietar para seus colegas de palcos brilharem. Destaque para o guitarrista Dave Navarro, que sem camisa mostra o corpo tatuado, faz cara de mau, dispara solos eletrizantes com sua guitarra enquanto fuma seu cigarro.

Voltando ao público, dava para perceber que quem ficou para a apresentação era na sua mais velha do que a grande maioria dos jovens que transitavam de lá para cá no festival. Apesar de poucos, os que ficaram vibraram com uma apresentação sólida de hard rock.

Das músicas destacadas vale destacar "Been Caught Stealing", "Stop" e a versão acústica de "Jane says". No final das contas, o dono da bola provou sua competência no palco com um show compentente e que agradou os fãs que se mantiveram fiéis até o fim.