A banda RPM voltou com frescor e jovialidade. A prova disso é o novo álbum Elektra, produzido por Paulo Ricardo (vocal e baixo) e Luiz Schiavon (teclado). O disco também inaugura a parceria da banda com a produtora Building Records, no mercado há 20 anos, focada no segmento eletrônico.
Em coletiva realizada no dia 24 de novembro, no charmoso bistrô Paris 6, músicos e gravadora comentaram um pouco sobre suas expectativas para esta nova fase: “Começamos com músicas novas, partindo do zero, para refletir o momento que vivemos atualmente”, comenta Paulo Ricardo.
A banda esteve em hiato desde 2002, após o sucesso do lançamento do CD e DVD MTV RPM 2002. Segundo o grupo, a repercussão desse disco havia sido tão positiva, que eles combinaram voltar somente com produções completamente novas.
Elektra é composto por dois CDs. O primeiro traz 12 músicas inéditas, e o segundo são remixes de sete músicas do CD um. “A idéia é essa. Queremos entrar no mercado eletrônico, atingir o público mais jovem. Nosso DNA e nossa identidade continuarão os mesmos, até porque sempre soubemos aproveitar o uso da tecnologia disponível na época”, conta Paulo Ricardo.
Febre na década de 80, RPM foi uma das primeiras bandas brasileiras a utilizar sintetizadores, além do recurso de laser no palco, sensação em todos os shows. O hit “Loira Gelada” foi considerado o primeiro remix oficial no Brasil, consagrando o grupo como uma banda inovadora.
O medo do “bloqueio criativo” surgiu para Paulo, quando eles resolveram produzir o novo CD. “Todo mundo que trabalha com composição tem esse medo. Fiquei sem produzir nada por dois anos. No entanto, em uma noite acabei criando cinco letras seguidas.” A química entre os integrantes (Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo P.A. Pagni) continua boa e acontece de maneira natural. “É quase um casamento. Só que não dormimos na mesma cama”, brinca o vocalista.
A banda chegou a fazer 60 shows nos últimos dois meses e o ritmo promete acelerar. No último dia 30 eles fizeram uma única apresentação em São Paulo, em show beneficente no Citibank Hall.
Por Juliana Diegoli
Atualizado em 2 Dez 2011.