O cenário era o desenvolvimento. São Paulo, com sua economia favorecida pela indústria do café, começou a se modernizar também nos âmbitos cultural e artístico. Nesse contexto nasceu o MASP (Museu de Arte de São Paulo), fundado em 1947 pelo empresário e jornalista Assis Chateaubriand.
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Em 2 de outubro daquele ano, o MASP foi inaugurado na Rua 7 de Abril, no centro da cidade, e funcionava em duas salas disponibilizadas pelo jornalista. Somente em novembro de 1968 foi inaugurada a atual sede do museu na Avenida Paulista.
Prosperidade Econômica
O cenário econômico da década de 1940 na capital paulista era muito favorável. A circulação de dinheiro da indústria e do café fez com que a economia da cidade se dinamizasse. “Se é em São Paulo que está o dinheiro, é para lá que nós vamos”, disse Chateaubriand sobre a localização do museu, segundo narra o livro "Masp 60 anos: A história em 3 tempos".
Essa prosperidade econômica, aliada com o período pós Segunda Guerra Mundial, foram determinantes no processo de compra de novos quadros e esculturas. O período de grandes aquisições durou pouco mais de uma década e foi até aproximadamente 1957.
“O aspecto econômico influenciou a internacionalização do museu. Os preços das obras de grandes pintores da época, como Picasso, eram absurdos, porém o MASP aproveitou o bom momento na economia e o contexto mundial do pós-guerra para ampliar, de forma significativa, seu acervo, uma vez que eram poucas as pessoas com dinheiro disponível”, confirma Denis Molino, curador assistente do museu.
Arquitetura
O projeto do edifício que é sede até hoje do museu foi desenvolvido pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi e demorou, ao todo, dez anos para ser finalizado. Um dos principais ícones dos cartões postais de São Paulo, o vão livre do museu foi a solução encontrada para manter uma grande visão do centro da cidade. Além disso, esse espaço aberto é utilizado para atividades do cotidiano da cidade e promove a convivência entre o histórico, o moderno e o popular.
É inconfundível a relação de sua arquitetura com a identidade da grande metrópole. Integrada à modernidade da Avenida Paulista, suas linhas surpreendem até hoje pela ousadia. Em 2003 o edifício foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).ExposiçõesJá passaram pelo museu exposições de artistas como Caravaggio e Amadeo Modigliani, em 2012, e até de Auguste Rodin, em 2010.
Em 2013, o MASP apresenta as seguintes exposições: Candido Portinari, séries bíblicas e retirantes; Obsessões da forma; O triunfo do detalhe. Mestres antigos: o retrato; Papéis estrangeiros; Deuses e Madonas: a arte do sagrado e Romantismo: a arte do entusiasmo. O museu é aberto ao público de terça-feira a domingo, das 10h às 18h e de quinta-feira das 10h às 20h. O ingresso integral custa R$ 15 e dá acesso a todas as exposições.
Por Giovanna Vieira
Atualizado em 28 Jun 2013.