Um bom lugar para descansar, aprender, se divertir e ainda gastar pouco é o Centro Cultural São Paulo. O espaço foi inaugurado pela prefeitura de São Paulo em maio de 1982, com a proposta inicial de ser uma extensão da Biblioteca Mário de Andrade. Porém, seu projeto foi além do esperado e o espaço se transformou em um importante complexo cultural.
Fica do ladinho do metrô Vergueiro e, por essa razão, é mais conhecido como Centro Cultural Vergueiro. O prédio tem uma grandiosidade em forma horizontal: suas entradas e grandes rampas convidam qualquer um a entrar e aproveitar suas opções de entretenimento. Talvez esse seja um dos motivos de encontrarmos até mendigos nas mesas de xadrez.
Ponto de encontro de estudantes que se esparramam pela biblioteca, tem mesas ao ar livre e jardins. Um lugar inspirador, pois, apesar da quantidade de estudantes, o silêncio não é de todo comprometido. A biblioteca conta com um grande acervo não somente de livros, mas também de músicas, jornais e até um espaço somente para as histórias em quadrinhos, além de uma biblioteca para deficientes visuais.
Peças teatrais, shows, danças, exposições, tudo acontece no centro. Os valores são para os mais variados bolsos, além de dias com preços populares e outros gratuitos. Mas não é apenas a participação do público como espectador que é prezada neste espaço. Pelo contrário: é possível participar de maneira interativa. O Centro Cultural abre as portas com cursos e palestras envolvendo todas as expressões artísticas. O Grande Baile, por exemplo, acontece semanalmente às quartas-feiras. Para os que têm curiosidade em aprender os vários estilos de dança de salão, esse é o lugar. Não é necessária inscrição: basta aparecer por volta do meio dia e se deixar contagiar pela animação dos participantes. Vale vivenciar esta experiência!
A sala Adoniran Barbosa, onde acontece o Grande Baile, é utilizada para diversos eventos e, certamente, uma das salas mais interessantes do espaço. Parece uma arena, onde é possível ver a atração tanto na parte baixa como do alto - só indo lá para entender. A criatividade não fica por conta só da estrutura do Centro Cultural, mas também das atrações apresentadas ali. Afinal de contas, onde você já assistiu uma apresentação teatral debaixo dos palcos, ou melhor, debaixo das terras do teatro?! Pois bem, ali já rolou.
Filmes também não escapam da programação. São sessões durante o dia e com temáticas diversificadas, que exploram uma parte da história cinematográfica nas suas diferentes épocas. Neste mês, os anos 80 invadem as películas e a cultura francesa mostra todo o seu chame. Para os que aproveitarem um dia no centro cultural, vale se alimentar no restaurante Graffiti. O lugar é agradável e a comida, saborosa. O self-service tem acompanhamento de nutricionista, o que nos surpreende com algumas novidades na cozinha. Na hora do almoço, o cafezinho é cortesia: não deixe de pegar o seu.
Se você não puder se desconectar do mundo virtual, não tema. Lá há internet sem fio e gratuita. Basta se cadastrar, antecipadamente, no site do centro e, depois, comparecer na recepção para receber a sua senha. Então, é só navegar ao lado do frescor das árvores.
O Centro Cultural Vergueiro, como é chamado pelos mais apegados, é mais do que um centro cultural: é um centro de conhecimento completo e para toda a família. Facilmente conquista seus visitantes. Aos que não poderão visitá-lo com tanta frequência, ficará o desejo de voltar o quanto antes e, para aqueles que têm o privilégio de ter mais proximidade, a torcida é de que a prefeitura não deixe de lado a manutenção e o cuidado de um lugar tão especial.
Leia as colunas anteriores de Carolina Teixeira:
Santos e o café
Praia do Tombo
Arte política?
Quem é a colunista: Carolina Teixeira, 25 anos, turismóloga, blogueira e estudante de jornalismo.
O que faz: É freelancer de comunicação e blogueira na maior parte do tempo. Também come, fala (muito), dorme, se diverte e viaja igual a tantos, além de adorar uma leitura, música e ser surpreendida por boas opções de entretenimento.
Pecado gastronômico: Café (não importa como), uma boa massa, sorvete no frio. Ultimamente anda faminta pelo arroz, feijão e bife.
Melhor lugar do Brasil: São Paulo.
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Atualizado em 21 Mai 2014.