Nascido à partir de uma produtora de filmes, a Olldog, o coletivo Matilha Cultural é um espaço no coração de São Paulo que possuí uma agenda recheada de atividades culturais. A programação conta com exposições de arte, exibições de filmes, workshops e até uma feira de adoção de animais que rola todos os domingos.
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Desde maio de 2009 ocupando o prédio de três andares na rua Rego Freitas - local antes frequentado por muito pé de valsa na época da tradicional gafieira Som de Cristal – a Matilha surgiu, primeiramente, como uma opção de sala cinema para as pessoas da cidade e produtores de filmes.
“Com essa coisa dos altos valores e o fim dos cinemas de rua, a ideia inicial era ser um cinema acessível tanto para o público como para os realizadores poderem circular produções que não tem muito fomento no cinema comercial”, diz Nina Liesenberg, responsável pela comunicação e articulação de projetos da Matilha.
Mas as coisas tomaram um rumo diferente. De acordo com Nina “a princípio, iniciaram o cinema e viram que daria pra fazer mais do que um cinema”. Consequentemente, o projeto se expandiu e a intenção era “deixar a coisa maior, porque o espaço era muito grande”, completa Lidiane, gerente da Matilha. O processo demorou dois anos.
O conceito da Matilha era uma extensão do que a Olldog já fazia. “A ideia era reverberar as causas que a própria Olldog já trabalhava. Então, desde o inicio a Matilha se propôs a ser um espaço que expandisse essas causas, sempre teve uma ligação forte com a proteção animal, o meio ambiente e a cena de independente cultura em geral”, conta Nina.
Apesar de não ser uma ONG, a Matilha trabalha em conjunto com várias organizações não governamentais como o Greenpeace -- que já ocupou o espaço por alguns meses -- e a Natureza em Forma, parceira na feira de adoção de animais.
Até meados de 2013, a Matilha Cultural organizava projetos meio no boca a boca, mas com a grande procura pelo espaço eles tiveram que ampliar essa curadoria. “Os participantes do Matilha conhecem muitas pessoas da cena artística, então era uma coisa mais reativa. A gente conversava com quem nos procurava e com o crescimento da Matilha e da demanda, abrimos o edital para organizar melhor essa procura”, conta Nina.
Em 2014, você verá o resultado dessa programação aqui no Guia da Semana. Porém, se você animou, crie um trabalho e apresente pra eles na próxima chamada, que deverá ser no segundo semestre do ano. Quem sabe a sua ideia não sai do papel e vira uma atração na Matilha?
Matilha Cultural
R. Rego Freitas, 542, República
Por Juliana Andrade
Atualizado em 18 Fev 2014.