O Coletivo Negro nasceu em 2008 a partir de amigos que estudaram juntos na Escola Livre de Teatro de Santo André e da Escola de Arte Dramática da USP e sentiram a necessidade tremenda de pesquisar acerca da invisibilidade social dos negros.
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“A intenção é que possamos estimular, por meio da arte, a reflexão acerca dos desdobramentos da diáspora África-Brasil filtrados pelo ponto de vista dos negros, e que possamos enquanto sociedade civil colaborar para a sensibilização das problemáticas envolvidas neste fato histórico”, diz Jé Oliveira, um dos integrantes do grupo.
Além das apresentações do grupo por teatros e festivais pelo Brasil todo, Jé conta que o coletivo também faz intervenções se manifestando contra o racismo. “Já realizamos intervenção pública para compartilharmos com a população um caso de racismo em que um senhor negro foi espancado por seguranças de um estacionamento de uma grande rede de supermercado após ter sido “confundido” com um ladrão ao adentrar em seu próprio veículo”.
O Coletivo Negro é o primeiro grupo de pesquisa racial que ocupa artisticamente o Teatro da USP trazendo essas questões para os palcos do teatro. “ De todo modo, uma pesquisa cênica proposta e gerida por artistas negros, que se propõem a refletir acerca de aspectos do que é ser negro no Brasil, é sobretudo, o cerne da importância do que fazemos”, diz Jé.
Entre os idealizadores do grupo estão Aysha Nascimento, Flávio Rodrigues, Jé Oliveira, Jefferson Matias, Raphael Garcia e Thaís Dias. O núcleo artístico é formado por Cássio Martins, Fernando Alabê, Gabriel Longhitano e Júlio Docjar.
O coletivo não possui sede própria, mas o grupo já se apresentou em diversos teatros ao redor do Brasil como o Teatro da USP, a Escola Livre de Teatro de Santo, SESC Bauru, SESI Vila das Mercês e também em festivais pelo país. Fique ligado no Facebook do Coletivo negro para saber das próximas apresentações.
Por Juliana Andrade
Atualizado em 21 Fev 2014.