“Vamos comprar um ônibus e sair pelo Brasil dando oficina e fazendo intervenções”, foi assim que nasceu o Ônibus Hacker, idealizado pelos amigos Pedro Belasco, Pedro Markun, Daniela Silva e Livia Ascava. Quem imaginaria que um busão pudesse percorrer as cidades do Brasil levando workshops diversos para a galera, né?
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Para financiar a compra do ônibus, o grupo publicou a proposta no Catarse -- site de crowdfunding especializado em angariar verba para a realização de todo tipo de projeto, desde filmes, aplicativos até produções culturais. Durante dessa campanha, eles conseguiram com que 464 pessoas colaborassem doando de 10 a 5.000 reais e assim a ideia se concretizou.
O projeto surgiu do Transparência Hacker, uma comunidade que busca traduzir informações governamentais para uma linguagem que toda a sociedade consiga compreender. “Por exemplo, como você criar um projeto de lei. Só que à partir daí essa parte da tecnologia também passou a ser inclusa”, exemplifica Daniel, um dos colaboradores do projeto.
Mas de onde eles tiram grana pra fazer as viagens? “O ônibus se sustenta por meio de eventos [que convidam o coletivo bancando suas despesas] e um fluxo de caixa que a gente tenta administrar pra fazer ações independentes para chegar, montar o toldo, as caixas de som e fazer a festa na rua. Tudo é combinado e articulado pelas redes sociais”, explica Daniel.
As próprias festas de rua são uma forma de descolar uma graninha para fazer o Ônibus Hacker rodar. "Fomos convidados pra participar da Virada Digital em Paraty e aí a gente resolveu fazer uma festa na praia pra poder arrecadar uma grana vendendo cerveja", conta Daniel.
Além das oficinas organizadas pelo grupo, eles também promovem atividades com as pessoas da cidade em que estão. De acordo com Daniel, “dependendo de onde for a gente chama artistas da comunidade pra tocar. São várias ações, é um laboratório autônomo”.
O mais legal é que qualquer pessoa pode viajar no ônibus, explica Daniel, "a tripulação muda a cada viagem. Toda a viagem que vamos fazer, a gente abre uma chamada pública. Então você tem que dar uma contrapartida como dar uma oficina ou alguma coisa que vá somar com quem tá indo pra lá. Geralmente, vai em 13 pessoas, no máximo 'estourando', vinte".
Curtiu? Fique ligado aqui no Guia da Semana que vamos avisar quando vai rolar a chamada pública.
Por onde o Ônibus Hacker já passou?
- Festival CulturaDigital.Br (Rio de Janeiro)
- Fórum Social Temático (Porto Alegre)
- Restinga (Porto Alegre)
- BaixoCentro (São Paulo)
- Hackeria (Ribeirão Preto)
- Open Government Partnership
- Casa Fora do Eixo (Belo Horizonte)
- Virada Cultural (São Paulo)
- Virada Digital (Paraty)
- Churrascão de Gente Diferenciada (São Paulo)
Por Juliana Andrade
Atualizado em 19 Fev 2014.