Guia da Semana

A SP-Arte chega a sua 8ª edição e ocupa três pisos do Pavilhão da Bienal de São Paulo, entre 10 e 13 de maio. Neste ano, participam 110 galerias, sendo 27 delas estrangeiras, e ainda acontece a estreia de uma parceria com as instituições MIS (Museu de Imagem e Som), MAM (Museu de Arte Moderna) e Pinacoteca. “A consolidação da SP-Arte no calendário cultural da cidade já é uma realidade. Nosso desafio agora é ampliar o alcance da feira nesse momento de efervescência cultural oferecendo para as pessoas uma experiência ainda mais efetiva”, comenta a diretora do evento Fernanda Feitosa.

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Para colocar essa ampliação em prática, a SP-Arte distribui ingressos gratuitamente para visitar os três museus. Já quem for a qualquer uma das instituições ganha uma entrada para a feira. Além disso, estão disponíveis vans que fazem o roteiro cultural entre a SP-Arte, o MIS, o MAM e a Pinacoteca, também gratuitamente. Tudo isso para “explorar o circuito já existente de excelentes museus da cidade e aproveitar a pré-disposição das pessoas para levá-las a uma experiência mais profunda e abrangente”, explica Fernanda.


Obra do grafiteiro Stephan, da Galeria Choque Cultural

A primeira SP-Arte aconteceu em 2005 e contou com apenas 41 galerias. Com um aumento expressivo até este ano - 69 participantes a mais-, a feira recebe galerias brasileiras como Millan, Luciana Brito, Choque Cultural, Vermelho e Fortes Vilaça. Entre as gringas, estão Anita Beckers, Elba Benitez, Sprovieri e Yvon Lambert.

Para Fernanda Feitosa, esse crescimento tem como fator determinante a resposta positiva do público e o interesse por arte e cultura, que “tem sido uma grata constatação nesses oito anos”. Além disso, ela diz que “a proximidade com obras e artistas, o clima de celebração e a qualidade das obras que têm sido trazidas, possibilitam pensar, ano a ano, em novos formatos e novas propostas. Eu diria que o aumento é a única resposta que nós poderíamos dar a tamanho acolhimento do público”, completa.

Outra novidade desta edição é o projeto Laboratório Curatorial. Nele, jovens curadores realizam projetos de exposições com base nas obras de artistas representados pelas galerias presentes na SP-Arte. Quatro projetos serão selecionados e seus respectivos curadores ganham como prêmio uma viagem para a cidade alemã de Kessel, onde acontece a exposição Documenta 13, uma das mais cobiçadas do mundo e que acontece a cada cinco anos. “A SP-Arte não se resume aos dias em que acontece a feira, mas, modestamente, assume um papel mediador importante de ampliar a discussão sobre arte no Brasil”, finaliza Fernanda.

Por Mariana Morais

Atualizado em 10 Mai 2012.