Guia da Semana

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Um peixe fora d`água: é como um heterossexual pode se sentir em uma balada gay - e vice-versa. Mas situações como essas acontecem: afinal, deixar de ir a uma festa de aniversário, por exemplo, porque seu amigo ou amiga vai comemorar em um club que não seja da sua orientação sexual, pode pegar mal. Se você nunca foi e quer conhecer como são as festas do outro lado do time, vale a pena ter algumas informações de como são as noitadas. Assim, você não se aborrece, nem se sente acuado, mas vai se divertir muito.


A presença de héteros nas baladas gays tem crescido bastante. Seja pelo clima, pelas músicas ou pelas pessoas, é uma demonstração de que não importa a orientação sexual: a festa é boa quando tem gente boa. E, sim, além dos vários casais gays que surgem nas baladas, há também os namorados e namoradas que já vão acompanhados. E, não raro, héteros acabam encontrando seu par lá também. As meninas gostam muito dos set lists que os DJs preparam, e vão para lá para se esbaldarem na pista. Nessa, os caras podem se dar bem.

Se você é hétero, não demonstre irritação quando algum homossexual te abordar. Isso é péssimo: não se esqueça que a minoria, lá, é você. Se ele ou ela te passarem uma cantada, diga apenas que não curte. Tanto meninas quanto meninos gays são educados e respeitosos, vão pedir desculpas e vão se afastar de você. E não pense que eles ou elas atiram para todos os lados e que isso é ruim: provavelmente, em uma balada hétero você faria a mesma coisa.

O contrário também acontece: um rapaz ou moça heterossexual se interessa por alguém no meio do fervo. No caso das meninas que costumam dançar juntas, independentemente de ser em uma balada gay ou não, é mais difícil saber se elas são "do babado". Na dúvida, aproxime-se de uma delas e pergunte, simplesmente, se ela é hétero. Se ela for e gostar da investida, o resto é com você. Caso ela seja lésbica, peça desculpas e se afaste. Ela não vai ficar, de maneira nenhuma, ofendida. E, se de repente você achar a garota interessante, pode até rolar uma amizade - e só isso.

Gays se destacam na multidão por uma característica bem peculiar: geralmente, eles sabem dançar - e muito bem. As garotas adoram se requebrar bem pertinho deles, porque sabem que não vai rolar nada além disso. Mas, por outro lado, se a menina vê um cara mandando bem na pista e se interessar por ele, também vale a dica: aproxime-se e veja a reação. Se ele corresponder, perguntar também não ofende. Mesmo que ele seja gay, no mínimo você encontrou um ótimo parceiro para se jogar na disco.

De qualquer maneira, são nas baladas gays que os homossexuais ficam mais à vontade para conhecer pessoas e, quem sabe, se relacionar com algumas delas. É um lugar onde eles e elas se sentem seguros e longe de manifestações agressivas de quem é intolerante. Pelo menos lá, o respeito é levado a sério - afinal, respeito é bom e todo mundo gosta.

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Quem é a colunista: Jornalista por profissão, otimista por convicção e curiosa por...curiosidade mesmo.

O que faz: Jornalista e ex-teacher de inglês.

Pecado gastronômico: Comida japonesa é sempre bem vinda.

Melhor lugar do Brasil: Qualquer lugar onde eu me sinta bem!

O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: Joss Stone, hits dos anos 80, Roxette, dance music dos anos 90.

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Atualizado em 1 Dez 2011.