Guia da Semana



O centenário da imigração japonesa, comemorado neste ano, motivou uma série de eventos, homenagens, festas, exposições e até visita do príncipe japonês - aquele que a lista de regras de etiquetas era gigante e ele acabou quebrando o protocolo várias vezes.

Bom, mas se essa coluna aborda temas sobre a noite, nada mais justo do que falar de baladas japonesas. "Existe isso?", você deve estar se perguntando. Sim, caro leitor, existe. Antes de cometer uma injustiça preciso deixar claro, são baladas orientais, pois, reúnem chineses e coreanos também. Mas, a predominância é de descendentes de japoneses. Aliás, isso só demonstra como a integração realmente ocorre aqui no Brasil. Apesar de ainda existir rixas isoladas entre essas três colônias, na noite tudo se resolve em clima de festa.

As festas organizadas pela colônia japonesa não são muito diferentes de outras festas. Aliás, quase nenhuma diferença. O único diferencial é a presença massiva de orientais. Os poucos ocidentais que vão nessas festas vão atrás de paquera ou acompanham os amigos da colônia. E o som, o que rola? Dance music, psy, electro-house e Black music são os gêneros prediletos das festas - em especial, os dois primeiros. Como se vê, não toca música japonesa nessas festas. Segundo apurei, antigamente as festas dedicavam um tempinho para tocar músicas românticas japonesas, era o momento para os casais dançarem juntos. Mas isso não rola mais.

Uma das festas mais antigas que continua ativa é a Mortos Vivos. Organizada desde 1996, a festa ocorre numa mansão nas margens da represa Billings, na Zona Sul de São Paulo. A próxima está marcada para o dia 23 de agosto. Assim, como a Mortos (como ela é carinhosamente chamada pelos freqüentadores) outras duas festas reúnem um pessoal mais maduro, a Naruwa e as festas no Memphis. A Naruwa, por exemplo, exige uma idade mínima de 20 anos para entrar na festa - dia 9 de agosto vai rolar mais uma edição, no Live Club. O Memphis, que tem um público fiel acima dos 30 anos, costuma reunir os aniversariantes orientais do mês. O pessoal mais jovem costuma freqüentar a Friendz - a próxima é no dia 2 de agosto num lugar chamado Spazio de Eventos, na Vila Olímpia.

O que ainda não tem é uma festa que toque j-pop (a pop music do Japão). Apesar de existir milhares de fãs do gênero no Brasil, ninguém ainda teve coragem de organizar uma festa fixa para esse público. Fica aí a dica.


Quem é o colunista: Eu? Eu sou o Luiz Pattoli.

O que faz: Jornalista, andarilho e editor do www.churrascogrego.com.br

Pecado gastronômico: Vindo com saúde, eu traço.

Melhor lugar do Brasil: O estádio da Rua Javari.

Fale com ele: [email protected]

Atualizado em 1 Dez 2011.