Guia da Semana

Interditado por não possuir o alvará da prefeitura, o bar Véu de Noiva é um dos quatro estabelecimentos da Vila Olímpia que tiveram suas portas lacradas. Uma funcionária da casa admite que na gestão de Marta Suplicy apenas o pedido de alvará já era suficiente para manter os bares funcionando. Segunda ela, a atual gestão do prefeito José Serra tem sido bem mais rigorosa. O Guia da Semana tentou entrar em contato com um dos donos do bar, mas não obtivemos resposta.

André Trindade, um dos donos do Dublin, reconhece que é preciso fiscalizar já que algumas casas realmente apresentam grandes problemas. Segundo Trindade, que teve seu estabelecimento lacrado por falta de alvará e segurança, os problemas do Dublin não eram tão graves. "Faltava documentação, a fiação exposta, problemas com sinalização de extintor de incêndio, treinamento da brigada de incêndio e alguns outros detalhes", relata.

O empresário ainda afirma que a casa respeita as leis da prefeitura e não acha que o prefeito José Serra está errado em "engrossar" a fiscalização, só não concorda com a maneira como foi feita a interdição. "A prefeitura disse que mandou o aviso em 2002 e que nós não atendemos. Mas não recebemos nenhuma notificação. Não precisava colocar os blocos de concreto", reclama.

Quando o assunto é vizinhança, André tenta avaliar os dois lados. "Os moradores reclamam e alguns até têm razão. Mas eles não admitem que os imóveis chegam a ser valorizados em 100 ou até 200%", diz.

Com todos esses problemas, o proprietário é otimista. "Na semana que vem o Dublin já deve reabrir", constata. E complementa: "Foi ruim, mas agora as coisas estão se acertando. Estamos tranquilos".

O Montecristo, interditado em fevereiro por excesso de barulho e falta de alvará, e o Legittimo, fechado também por falta de licença e laudo acústico para música ao vivo, não se pronunciaram até o fechamento da matéria.

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Atualizado em 6 Set 2011.