Guia da Semana

Foi-se o tempo em que os bares se resumiam à cerveja de garrafa e petisco no balcão. Com o número enorme de casas abertas, a busca do público por novidades brotou a vontade dos donos em usar suas paixões por Baco para investir em espaços onde o fermentado de uva ganhasse o mais alto pedestal.

Aliando a informalidade que um bar merece com a cultura e história do vinho, entrou em cena os wine-bares, espaços de tom mais intimista e onde a loira gelada a maioria das vezes fica pra fora da porta. “Um wine-bar tem que ter uma carta de vinhos surpreendente, contemplando os pequenos produtores, alguns rótulos improváveis ou desconhecidos”, aponta Fabrício Andrade que, junto com a esposa Mayra Rovai, montou o Rubi Wine Bar.

Com preços mais baixos em relação aos restaurantes especializados, as diferenças entre os dois não param por aí. “O nosso foco é o vinho e os pratos e petiscos que harmonizam servem apenas como acompanhamento. Além disso, o nosso público é mais jovem do que o dos restaurantes, um público que esta a procura de uma bebida diferente das servidas nos botecos”, resume o recifense Ricardo Melo, dono do Divine Wine Bar.

Mas não precisa se assustar, para frequentar os wine-bares não é fundamental saber diferenciar um Cabernet Sauvignon de um Merlot. Caso você seja um marinheiro de primeiras viagens à velha e boa ajuda do garçom é sempre bem vinda. “A gente não está aqui pra dar aula, a função dos bares de vinho é instruir o cliente quando ele precisa, de acordo com o que ele quer e pode gastar. Queremos oferecer o máximo de experiência com um custo acessível”, resume Fabrício Andrade.

Embalado pelos Wine-bares, confira a seleção que o Guia da Semana preparou para você.

Confraria carioca

A boutique de vinhos e wine bar foi inaugurada em 2008 e tem como atração principal os vinhos e espumantes. Nas mesas, os clientes encontram mais de 500 rótulos de 100 vinículas do mundo todo, de chilenos a neozelandeses. Os carpaccios de salmão, adoque e carne vermelha acompanham as opções.

Sugestão do cardápio: Exclusive Number Nine, região de Rioja, Espanha.

O La Botella oferece pratos e aperitivos para harmonizar com vinhos

La Botella

Em Ipanema, a casa é inspirada nas tradicionais casas de vinhos da Europa. O wine bar conta com mais de 600 vinhos de países como Argentina, Chile, França, Itália e Austrália. Para acompanhar, o cliente pode saborear aperitivos como queijos e frios, além de iguarias como sanduíches, pratos quentes e sobremesas.

Sugestão na carta de vinhos: vinho Cartuxa Colheita Tinto, região Redondo, Portugal

Cavist

O espaço faz parte da maior rede importadora de vinhos da América Latina. A loja conta com mais de 1.500 rótulos de diversos países, como África do Sul, Alemanha, Austrália, Chile, Espanha, França, Itália, Nova Zelândia, Portugal e Uruguai. Além da bebida, a casa também conta com cardápio de pratos e sanduíches.

Sugestão na carta de vinhos: Fabre Montmayou Gran Reserva Merlot 2008, Região Patagônia, Argentina.

O L'Orangerie possui uma carta com 600 rótulos de 14 países

L´Orangerie

A loja de vinhos dos sócios Valdiney Ferreira e Robert Urech tem uma carta de bebidas de 600 rótulos de 14 países diferentes, entre vinhos, champanhes, cavas e espumantes (fortificados e de sobremesa). Os produtos disponíveis na Delicatessen (queijos, pastas, terrines, azeites, entre outros) são cobrados pelo preço de prateleira.

Sugestão na carta de vinhos: Barbera Pilade Cascina Ballarini 2006, Piemonte, Itália

Bergut Vinho & Bistrô

Na época da inauguração, em 2009, a rede já contava com mais de mil rótulos de grandes importadoras, como WorldWine, KMM, Ravin, Winebrands, Belgian Beer Paradise, Aurora, entre outros. Peixes, carnes e massas acompanham as escolhas dos clientes.

Sugestão na carta de vinhos: sul africano Quantum Classic Ruby Red.

Por Leonardo Filomeno

Atualizado em 7 Ago 2012.