Seja para criar universos fantásticos ou realidades tão palpáveis que até enganam os olhos, os efeitos visuais são um instrumento fundamental do cinema. Relembre 10 filmes que empregaram esses efeitos de formas inovadoras e trouxeram às telas criaturas e ambientes inesquecíveis:
Mogli – O Menino Lobo (2016)
Os animais e a floresta criados digitalmente para a adaptação do romance de Rudyard Kipling formam um visual ao mesmo tempo realista e fantástico, que harmoniza com a presença do ator-mirim e transporta o espectador para um universo infantil e mágico.
As Aventuras de Pi (2012)
Alvo de protestos durante o Oscar 2013 (porque o estúdio de efeitos especiais declarava falência ao mesmo tempo em que ganhava o prêmio na categoria), “As Aventuras de Pi” encantou o público com seu tigre realista e uma combinação de mar e céu que mais pareciam uma pintura.
Avatar (2009)
Revolucionário, “Avatar” marcou o retorno do 3D aos cinemas com uma experiência imersiva e fantástica. Além de trabalhar com captura de movimento, o filme de James Cameron construiu um mundo próprio com cores e texturas singulares e se tornou a maior bilheteria de todos os tempos.
Matrix (1999)
Além de popularizar o “filtro verde” em filmes de ação e ficção científica, “Matrix” inaugurou o recurso do “bullet time” – uma câmera lenta que mostra o movimento detalhado (no caso, das balas) como se parasse no tempo.
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001)
Os três filmes que compõem “O Senhor dos Anéis” ganharam Oscars de efeitos visuais, tamanha a importância dos efeitos na trilogia. A computação gráfica foi utilizada para criar cenários como a vila de Lothlórien, para modificar a aparência natural da Nova Zelândia (já estonteante) e para criar um dos primeiros ícones da captura de movimento, o personagem Gollum.
A Origem (2010)
Não está satisfeito com criaturas falantes e mundos fantásticos? Então que tal uma cidade que se curva e se dobra de acordo com a vontade de uma personagem? Os efeitos visuais de “A Origem” transportam o espectador para dentro de sonhos (e de sonhos dentro de sonhos), abrindo uma infinidade de possibilidades espaciais projetadas por uma arquiteta. Curiosamente, uma das cenas mais “impossíveis”, em que as paredes se movem dentro de um hotel e há a impressão de zero gravidade, foi filmada com efeitos práticos reais, e não virtuais.
Gravidade (2013)
Quem assiste a “Gravidade” não pode deixar de se perguntar como Alfonso Cuarón conseguiu filmar sequências enormes sem cortes em que pessoas são arremessadas e chocadas com fios, peças de metal, panos e outros destroços em zero gravidade, no espaço. Para isso, a equipe precisou explorar a fundo o CGI e até “inventar novas tecnologias”, segundo o diretor. Entre elas, um cubo gigantesco usado para projetar luz de qualquer ângulo necessário.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (2015)
Se Steven Spielberg alcançou o impossível em 1993 com seus dinossauros-marionetes em “Jurassic Park”, Colin Trevorrow fez jus ao realismo da série em 2015 com os gigantes digitais de “Jurassic World”. Os animais foram criados quase completamente em computador, com exceção de algumas cabeças, produzidas para as cenas com mais interação com humanos (como as dos raptors).
Titanic (1997)
Titanic pode não ter dinossauros, tigres nem se passar no espaço, mas foi preciso muita criatividade para afundar um navio daquele tamanho diante das câmeras. Para a cena do naufrágio, uma ponta do navio foi recriada no estúdio e dezenas de figurantes se penduraram em barras de ferro, presos com cordas, para deslizarem sobre o casco e caírem na água.
Planeta dos Macacos: O Confronto (2014)
Se o assunto é captura de movimento e design de animais, poucos filmes se comparam a “Planeta dos Macacos: A Origem” e “Planeta dos Macacos: O Confronto”. No último, a empresa responsável pela captura (Weta) desenvolveu uma roupa mais versátil para ser usada pelos atores – permitindo cenas externas e movimentos bruscos que, até então, eram impossíveis. Além disso, o programa de animação foi capaz de simular até 240 músculos faciais, reproduzindo com mais realismo as expressões dos atores.
Por Juliana Varella
Atualizado em 15 Abr 2016.